quinta-feira, 30 de junho de 2011

Educação no Egito Antigo

A educação egípcia, seu sistema de escrita e sua influência sobre os outros alfabetos

A escola fazia geralmente parte do templo. Os estudos começavam cedo. Sabe-se de personalidades que foram enviadas para a escola com apenas cinco anos de idade. Essa, porém, não era a regra geral. Contudo, quando os rapazes deixavam de andar completamente nus já estava próximo o dia em que tomariam o caminho da escola. Aqueles que seguiriam a carreira militar eram tirados muito cedo do convívio dos pais, mas o regime das escolas era geralmente o externato. O estudante levava num cesto um pouco de pão e uma bilha de cerveja que a mãe lhe preparava todas as manhas. Nas suas idas e vindas para a escola brigavam e brincavam com seus companheiros como o fazem as crianças de hoje.
O povo egípcio era prático por excelência. Assim, toda a sua ciência era empírica e voltada para a solução dos problemas do dia-a-dia. A matemática, por exemplo, procurava encontrar soluções para a medição das terras ou para o traçado dos planos das pirâmides e templos. A medicina, que teve como patrono o sábio Imhotep, foi uma das ciências que se desenvolveu bastante, principalmente em função do tratamento que era dado aos cadáveres para preservá-los intactos. A religião, como em diversos outros setores da vida egípcia, também sempre interferiu e contaminou os aspectos científicos com a magia. Os conhecimentos científicos concentravam-se nas mãos de poucos: cortesãos, sacerdotes, funcionários e escribas.
Os hieróglifos
Durante quase 15 séculos, a humanidade olhou fascinada para os hieróglifos egípcios sem lhe entender o sentido. Os sacerdotes egípcios do século IV de nossa era foram os últimos homens a utilizar essa linguagem. Eles, mantendo a linguagem tão fechada, fizeram com que o significado dessas mensagens se perdessem. Os Europeus da época, e posteriormente, pensavam que os hieróglifos eram instrumentos místicos de algum rito demoníaco.

Os hieróglifos podem ter começado em tempos pré-históricos como uma escrita por meio de imagens. Embora os egípcios nunca tivessem formado um alfabeto como o conhecemos, estabeleceram símbolos para todas os sons consonantais da sua língua. O sistema mostrou-se notavelmente eficiente. Combinando-se fonogramas, formavam-se versões esquematizadas de palavras. Nem todos os hieróglifos abandonavam a sua função de imagens de palavras para se tornarem símbolos fonéticos. Pelo menos 100 hieróglifos eram usados para representar a palavra que retratavam, sendo usados também como determinativos do significado das palavras.

Durante 3000 anos constituíram a linguagem monumental do Egito. A última inscrição conhecida é do ano de 394 d.C., quando o Egito era uma província romana. Já então, tantos hieróglifos tinham sido propositadamente obscurecido pelos escribas sacerdotais fazendo com que os sinais fossem incompreensíveis para a maioria dos egípcios. Em 1822, um lingüista francês provou que os desenhos podiam formar palavras não relacionadas com a imagem. Só então os homens do Ocidente começaram a compreender que tinham diante de si toda uma linguagem que representava a chave para o que até então tinha sido um povo misterioso.

Alfabeto egípcio

Bem no início da história do Egito, há mais de 6.000 anos, os Egípcios usavam simples figuras chamadas hieróglifos para a sua escrita. Isto significa que tudo e cada idéia tinha de ter sua própria figura representativa. Gradualmente, essas figuras foram tornando-se mais simples, e algumas vezes usavam-se apenas parte de uma palavra.

Mais tarde, algumas figuras foram aproveitadas como letras, pela primeira vez na História. Essas letras, contudo, eram ainda misturadas com figuras de sílabas e de palavras. É possível que os Fenícios, que foram os primeiros a usar somente letras para escrever, tenham se inspirado nos Egípcios. O alfabeto egípcio é na verdade o ancestral do nosso. Mesmo a palavra "alfabeto" vem daí. As primeiras duas letras do alfabeto deles são: "aleph" e "beth", nomes de "boi" e "casa", respectivamente.

Os Gregos copiaram suas letras dos fenícios e tentaram copiar seus nomes, mas "aleph" tornou-se ALFA e "beth" tornou-se BETA. Se você puser as duas palavras juntas, dará (adaptado ao Português) "ALFABETO". Depois de algum tempo, os Gregos fizeram suas letras tomar formato contrário. Deles os romanos copiaram a maior parte do seu alfabeto. Depois que dominaram a região chamada "Ibéria", tornou-se comum o uso do alfabeto Latino. Quando os visigodos a invadiram, por sua vez, introduziram novas letras, com as quais foram grafados trechos da Bíblia.

A partir do Século XV começaram a vigorar os "CARACTERES ITÁLICOS", o chamado "ALFABETO REDONDO", adotado definitivamente no Século XVII em diante. E, finalmente, com relação a Língua, sabe-se que o "Latim" foi e é a 'Língua Mãe' de todas as línguas atuais, até mesmo daqueles que possuem grafias diferentes a do Português, pois foi com base nela em que estudiosos criaram outros alfabetos próprios, como por exemplo o Alfabeto Cirílico, usado atualmente na Rússia; criado por dois estudiosos russos, os irmãos São Cirilo e São Metódio (dois missionários que trabalhavam para a conversão da Rússia Antiga ao Cristianismo, e pesquisadores de várias outras línguas, como o Grego).
Fonte: historiadomundo.com.br

Um comentário:

Unknown disse...

Este artigo foi muito útil, obrigado...

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