segunda-feira, 2 de março de 2009

Comemorações em torno de um mito


É impressionante o valor que algumas pessoas alcançam... Falo nesse momento das comemorações do bicentenário do nascimento de Charles Darwin. Idolatrado pela ciência moderna, ele é a prova de que as estratégias de persuasão são muito eficientes.

A hipótese científica do evolucionismo não era, em absoluto, uma novidade no século XIX. Os filósofos teístas Agostinho e Tomás de Aquino, em suas conjecturas, já aventavam essa hipótese. O que dizer então de Aristóteles, que na antiguidade clássica já via elementos de evolução em suas pesquisas e escritos? Mas também havia outros...

Erasmus Darwin acreditava de uma forma meio espiritual, meio esotérica, em evolução das espécies. E Darwin pegou as idéias de seu avô e as transformou em ‘doutrina’ científica. Escreveu uma longa obra, repleta de explicações que buscassem justificar sua ‘nova’ teoria.

Hoje vemos reedições nas livrarias da famosa obra “A origem das espécies”. Qualquer um pode ir a uma livraria e adquirir um exemplar. Parece incrível, mas do ponto de vista científico, como é anacrônica, a obra apresenta muitas limitações e até mesmo erros conceituais, e isso do ponto de vista evolucionista e científico. Muito bem, dirá algum evolucionista, ele a escreveu no século XIX e houve muita evolução no conhecimento desde então. O problema basicamente não é esse.

O problema é que na obra 'A Origem das Espécies', justamente os fundamentos da teoria estão em conflito com os postulados modernos do evolucionismo.

Os neodarwinistas não acreditam mais em “seleção natural”. Modernamente, o que se crê, é que tudo o que houve foram mudanças aleatórias nas espécies, que ocorreram por puro acaso. No neodarwinismo, em vez de uma seleção orientada ao melhoramento das espécies, o que houve foi uma força do ‘acaso’, empurrando as espécies cegamente à frente. Se obtiverem alguma vantagem, ‘foi por pura sorte’, mesmo negando hipóteses estatísticas.

Hoje também não falam em ‘sobrevivência do mais forte’ e sim, do mais ‘apto’. Claro, pois como é que vão explicar espécies que são evidentemente concorrentes, disputando lado a lado, por ‘milhões de anos’ e ainda sobrevivendo? Aptidões...

O mais interessante está reservado para o final. Não o final de meu comentário, mas o final da obra prima de Darwin. A parte que caminha para a conclusão do livro A Origem das Espécies mostra claramente a teoria do design inteligente.

Um cientista atual, de nome John Angus Campbell, demonstra que o Design Inteligente não é apenas um ponto discreto na teoria darwinista, mas a sua premissa fundamental, espalhada discretamente por toda a teoria e modelo de argumentação na obra “A Origem das Espécies”.

Vejamos bem, se é que consegui ser claro. As maioria das bases que lançaram o evolucionismo no mundo moderno foram todas rejeitadas pelos modernos evolucionistas. E o design inteligente [1], a coluna da teoria darwinista que persiste, do edifício lançado por Darwin, hoje só é utilizada pelos adversários do evolucionismo do acaso.

O que fez então Darwin ser tão famoso e cultuado por essa comunidade?

Campbell, numa reportagem disponível na rede[2], mostra em seu estudo sobre os livros científicos do ponto de vista das “estratégias de persuasão”, que o valor das idéias está mais na forma como são apresentadas, do que na própria idéia. O evolucionismo do acaso tem lançado mão dessas estratégias de forma brilhante.

Mas, mais do que isso, quando derrotado em seus argumentos, o evolucionismo cego muda seus argumentos, desconsidera os seus críticos, lança novas hipóteses e diz que ‘a teoria é a mesma’. Que, em síntese, ‘não houve mudanças’. Mas houve, e muitas.


Fonte da Imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3c/Charles_Darwin_01.jpg
[1]  Clique aqui e veja o que penso sobre o Design Inteligente.
[2] http://www.youtube.com/watch?v=_esXHcinOdA

2 comentários:

Cleiton Heredia disse...

Excelente postagem!

Porém, cabe destacar que de todo este alarde em torno da atual comemoração darwinista, 10% é proporcionado pelo mundo científico e 90% pelo mundo dos negócios que sempre está a procura de pretextos para faturar cada vez mais.

Enéias Teles Borges disse...

De uma certa forma a propaganda darwinista também é feita por muitos criacionistas "reduzidos". O ataque ao Darwinismo por alguns acaba sendo uma bela defesa ao contrário - tamanha a fragilidade de muitos pseudos criacionistas.

Bela e oportuna postagem!

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