quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O impossível - 2ª Parte

Entrelaçamento

O processo de ‘entrelaçamento’ da cadeia de aminoácidos que forma as proteínas é um capítulo à parte. Como é que uma proteína se entrelaça e assume a forma complexa e intrincada que determina o papel que ela desempenha na vida?

Com poderosos computadores, cientistas tentaram calcular como se daria o processo de entrelaçamento da cadeia de aminoácidos. Após meses de trabalho, os cientistas desistiram. Para uma proteína média, composta por cem (100) aminoácidos, resolver o problema do entrelaçamento tentando todas as possibilidades, uma após a outra, mesmo à espantosa velocidade dos computadores utilizados (dez milhões de cálculos por segundo) levaria 27 octilhões de anos (10 elevado a 27)[1]. É lógico, essa é apenas uma parte do problema.

Complexidade

O ‘nó da questão’ não é nem mesmo esse cálculo de probabilidades, afirmam alguns cientistas. O problema é saber ‘como’ em unidades minúsculas, desprovidas de ‘raciocínio’, de ‘inteligência’ ou de ‘propósito’, desenvolveu-se um 'complexo e inteligente' ‘sistema’ de códigos, 'mensagens cifradas' e ‘leitura’ de ‘mapas’ ou ‘plantas’ às ‘cegas’, ou melhor, ‘ao acaso’ com o 'claro propósito' de construir novas unidades com funções específicas determinadas pelo código?

Ou seja, não é uma questão de ‘probabilidades’, mas de ‘descobrir’ como é que esse complexo ‘estabelecimento’ de um código, se estabeleceu a princípio e depois, como o ‘funcionamento’ da ‘decodificação’ e ‘fabricação’ foram ‘concebidas’ ou ‘instaladas’. O desafio ‘lógico’ é mais do que evidente.

Como?

Amigos, falar sobre probabilidades em termos de teorias do acaso cego é um assunto intrigante. É verdade que as impossibilidades ou improbabilidades não excluem o evolucionismo como um caminho ou meio, pois existe a possibilidade de que todo o processo tenha sido conduzido por um desígnio invisível. Contudo, à luz dos conhecimentos que hoje temos, seria plausível acreditar no acaso cego, ou seja, no acaso puro? Na verdade, à luz da razão, isso está se tornando simplesmente 'impossível'...

Com todo o respeito aos que pensam diferente, acredito que é um desafio à inteligência achar que um tão fabuloso e intrincado mecanismo possa ser o resultado de forças ‘cegas’, combinações ‘fortuitas’ e ‘aleatórias’ operando ao completo ‘acaso’ para estabelecer 'por sorte’ a complexidade do fenômeno chamado ‘vida’.

Acreditar ao mesmo tempo que ‘não’ existe um desígnio ou uma inteligência superior conduzindo o processo, e aceitar que o ‘impossível’ é possível, seria um ato de fé? [2]

Referências:
[1] Citado do The New York Times em ‘Is there a cretor who cares about you?’ WBTS, New York, USA, p. 46-47.
[2] Uma mão inteligente guiando o processo é a proposta do Design Inteligente. Clique aqui e veja o que penso sobre o Design Inteligente.

O impossível - 1ª Parte

DNA e RNA[1]

Hoje quero falar de algo complexo, muito complexo. Meu objetivo é dar um ponto de vista filosófico sobre algo que faz parte da ciência. Mas tal não é possível se não houver um conhecimento do objeto que me propus a analisar. Gastei um tempo considerável estudando e analisando minuciosamente o tópico em questão e apresento aqui minhas idéias e conclusões.

O DNA pode ser descrito como um código no qual estão armazenadas as informações que possibilitam o completo funcionamento das moléculas, dos sistemas e finalmente, da vida. Descrito assim, parece até simples entendê-lo e vê-lo em ação. Mas de fato isso não corresponde na plenitude ao que nos é informado pelos cientistas.

Além de conter as informações necessárias à produção de proteínas (sempre necessárias para manter as células e para facilitar as reações químicas em seu interior), o DNA transmite as informações genéticas que ele armazena à próxima geração de células, de tal forma que desde uma simples célula até um 'sistema completo' (o ser humano) possam ser ‘construídos’ a partir dessas informações.

A ‘escada de cordas contorcida’ (aparência do DNA) ou espiral dupla (ou dupla hélice) consiste num grande e enorme número de partes menores chamadas nucleotídeos. Os nucleotídeos são formados por açúcar (no caso do DNA, pentose), fosfato e a base nitrogenada. No DNA as bases nitrogenadas são: adenina (A), guanina (G), citosina (C), e timina (T)[2]. Com esses quatro integrantes básicos do código (AGCT), podem ser feitas composições e combinações seqüenciais, de tal forma que sua disposição forma uma espécie de ‘planta’ do que será ‘construído’.

A ‘escada de cordas’ possui milhares de genes (as informações expostas pelas quatro ‘letras’ do código), que formam o ‘mapa’ da hereditariedade. Vale destacar que no DNA, o comprimento de cada filamento é seiscentas mil vezes maior do que sua largura. Se pudéssemos desenrolar todos os filamentos de DNA de um único ser humano, teríamos em comprimento oito mil vezes a distância da Terra à Lua.

O RNA entra em cena
O código genético, na forma de unidades conhecidas como genes, está no DNA, no núcleo das células. Como já vimos, a informação contida no DNA, o código genético, está registrada na seqüência de suas bases na cadeia. A seqüência indica uma outra seqüência, a de aminoácidos, substâncias que constituem as proteínas.

Ora, o que será ‘produzido’ ou ‘construído’ está ‘fora’ do DNA. O DNA não trabalha sozinho, ele tem a ‘ajuda’ do RNA, um outro ácido nucleico que comanda a síntese de proteínas.

No início do trabalho para o novo ‘projeto’, o RNA-polimerase[3] desloca-se ao longo da molécula de DNA, abrindo-a como um ‘zíper’ - uma seção da ‘escada’ ou ‘espiral’ se abre - permitindo que as moléculas de RNA que se encontram soltas no núcleo da célula juntem-se e se emparelhem ao longo da cadeia aberta de DNA (onde agora estão expostas as bases nitrogenadas: A, C, G e T). Isso permite que as ‘letras’ do RNA se acoplem às do DNA que ficam expostas. Após uma enzima passar entre elas, o ‘código’ é copiado em um novo RNA (o RNA mensageiro). Essa combinação se dá através dos códons, que é a combinação das bases do DNA com o RNA: a adenina só se liga à timina; a citosina só se liga à guanina. O DNA não possui (Uracila), ao passo que o RNA não possui T (Timina).

Nesse processo é feita uma transcrição exata do DNA. Essa cópia denomina-se RNA mensageiro[4].

Fabricando Proteínas

Já a ‘fábrica’ de proteínas fica ‘fora’ do DNA, no citoplasma celular em estruturas específicas, os ribossomos, para onde se dirige o RNA mensageiro. Na transcrição, apenas os genes relacionados à proteína que serão produzidos são copiados na forma de RNA mensageiro.

Começa então um processo chamado tradução: é quando o RNA forma as novas proteínas. Chegando ao ‘local’ de produção (ribossomos), as letras do RNA são decodificadas. O ribossomo ‘lê’ a mensagem do RNA e, de acordo com a seqüência especifica de bases no códon, ele reúne uma serie de aminoácidos provenientes das reservas que flutuam soltas pela célula. Essa ação cria, da ‘estaca zero’, uma proteína especifica ‘escrita’ na linguagem codificada originalmente pela seqüência de bases de três letras existente no DNA que permaneceu no núcleo da célula. Enquanto a ‘sentença de RNA é ‘decodificada’, ou seja, lida e traduzida, outro RNA procura os ‘tijolos’ para a construção[5]. Esse RNA, com a ajuda de uma enzima ‘pega’ o aminoácido necessário e leva-o para o ‘setor de produção’ e assim sucessivamente enquanto a crescente cadeia de aminoácidos aumenta mais e mais[6].

Cada uma dessas novas proteínas reflete uma pequena porção dos longos filamentos de DNA que contêm todos os códigos de três letras para as milhares de proteínas diferentes. Cada conjunto de três ‘letras’ do RNA forma um conjunto específico[7].

Essa cadeia de aminoácidos ‘enrosca-se’ e ‘entrelaça-se’ formando um ‘tipo’ preciso de proteína. Sabe-se que existem em torno de cinqüenta mil tipos de proteínas em nosso organismo.

Trabalho intrincado e contínuo

Da mesma forma, passo a passo, cada proteína formada em nosso corpo é produzida dessa maneira. Agora, enquanto você lê, milhares de ribossomos em cada célula de seu corpo estão efetuando milhões de reações que estão fazendo os aminoácidos relacionados uniram-se formando cerca de duas mil novas moléculas de proteína a cada segundo.

Parece incrível, mas o trabalho realizado pelo DNA e RNA no armazenamento da informação e produção das proteínas, passo a passo, aminoácido por aminoácido, garantindo, no momento correto, a produção daquela proteína especial, com o número de aminoácidos correto, na seqüência adequada (a seqüência dos aminoácidos garante que a proteína tenha uma certa forma, o que permitirá que ela exerça uma função específica), e em um ritmo de produção estonteante, é apenas um dos muitos processos complexos que ocorre em nosso organismo.

Os cromossomos

Dentro da célula, o DNA é organizado numa estrutura chamada ‘cromossomo’. Um conjunto de cromossomo de uma célula, por sua vez, forma o que se chama de ‘cariótipo’.

Antes da divisão celular os cromossomos são duplicados através de um processo chamado ‘Replicação do DNA’. Os organismos eucariontes têm o seu DNA dentro do núcleo enquanto que as bactérias o tem disperso no citoplasma.

Todos os cem mil genes humanos estão configurados nos quarenta e seis cromossomos humanos que se localizam em cada núcleo de cada célula, organizados aos pares. Os cromossomos, pode-se dizer, são estruturas que carregam os genes. Ao todo, são vinte e três pares, sendo que um deles está ligado ao sexo (a mulher é XX, o homem é XY).

Então, o que nós chamamos de genes são os segmentos do DNA. Eles influenciam no funcionamento e no desenvolvimento dos órgãos e são responsáveis por determinar a produção de proteínas, que controlarão uma determinada característica humana, como a cor dos olhos, dos cabelos ou a altura, ou ainda detalhes como a espessura dos vasos sanguíneos, por exemplo.

O DNA é responsável pela transmissão de todas as características hereditárias de cada espécie dos seres vivos (‘todos’).

Uau!!! Viu a complexidade?!?

Referências:
[1] Também são conhecidos em português pelas siglas ADN e ARN (ácido desoxirribonucléico e ácido ribonucléico).
[2] Essas cadeias são constituídas por um açúcar (desoxirribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada (T timina, A adenina, C citosina e G guanina).
[3] A RNA-polimerase é a enzima especifica capaz de dividir o DNA no meio dos ‘degraus’. Em outras palavras, ela “abre o zíper” das bases bem no meio – em suas ligações de hidrogênio – e transforma a hélice dupla em duas hélices simples com “meios degraus” expostos, rompendo as ligações entre os dois filamentos que unem A com T e C com G.
[4] O ácido ribonucléico (RNA) é uma molécula também formada por um açúcar (ribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada (U uracila, A adenina, C citosina ou G guanina). Um grupo reunindo um açúcar, um fosfato e uma base que é um ‘nucleotídeo’.
[5] Existem três tipos de RNA. O RNA ribossômico associado a proteínas entra na constituição dos ribossomos, organóides celulares onde os aminoácidos se encadeiam para formar proteínas. O RNA mensageiro recebe do DNA, codificada, a seqüência de aminoácidos transmitindo-a para os ribossomos. Finalmente, o RNA transportador transfere os aminoácidos do hialoplasma para os ribossomos que os encadeiam.
[6] Embora existam apenas vinte variedades de aminoácidos, longas repetições de seqüências múltiplas permitem dezenas de milhares de combinações de aminoácidos para formar uma grande variedade de proteínas. De fato, existem cerca de 50 mil tipos de diferentes de proteínas em nosso corpo. Os mesmos vinte aminoácidos em 50 mil combinações diferentes estão ligados aos outros em longas cadeias dobradas sobre si mesmas.
[7] Cada grupo de três bases (ACC, GAG, CGU etc.) é chamado códon e é específico para um tipo de aminoácido.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Fico ou não fico?

Mexendo em meus arquivos do passado encontrei uma poesia que escrevi em 1993, há 15 anos. No segundo semestre daquele ano Itamar Franco era presidente do Brasil e mostrava indecisão quanto ao seu futuro político (não havia a reeleição). Afirmava que não tinha apego ao poder e que poderia sair quando bem entendesse. Naquela mesma época, após trabalhar por quase cinco anos em um mesmo colégio, eu começava a visualizar outras oportunidades (uma acabou se concretizando) e estava na dúvida se ficava ou se saía. Eu cursava o último ano de Pedagogia (minha segunda faculdade), e queria uma oportunidade de atuar nas áreas específicas do curso. Eu vivia um momento de pessimismo, tanto em minha visão política, quanto no campo pessoal. Acho que isso contextualiza um pouco do que essa poesia expressou na época.

Recitando


Fico
(Frank Viana Carvalho, setembro de 1993)

Não sei se fico ou se não fico,
não sei se fico ou se vou
Para onde vou se não fico?
Ou se fico: onde estou?

Dom Pedro resolveu ficar:
não sei bem porque ficou.
Se não ficasse, o que ia mudar?
Mas o “fico”, o que mudou?

Mudar, não mudou nada.
Por isso Dom Pedro ficou:
uma colônia escravizada,
É o que o “fico” nos deixou?

Foi a vontade de partir,
do “fico”, a grande herança,
Deixar o Brasil e seguir;
ficar, só na lembrança.

Hoje, com a presidência dividida:
não sabe se fica ou se vai.
Se não fica, se estrumbica,
se fica, acha que cai;

Indeciso, bastou o imperador,
Na dúvida, não precisa ficar.
Certeza, eu tenho do clamor
de alegria, que o povo vai dar.

Mas o fico a muitos desespera,
sem saber se ficam ou se vão.
Assim, no compasso de espera,
para melhorar a situação:

Não sei se fico ou se não fico,
não sei se fico ou se vou
Para onde vou se não fico?
Ou se fico: onde estou?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Perguntas Intrigantes sobre o Universo e sobre a Origem da Vida

Meu amigão postou em seu blog as intrigantes perguntas da Revista Ciência e Vida, na verdade os ‘dez maiores enigmas da ciência’. Achei as perguntas muito interessantes e me desafiei não a respondê-las, mas comentá-las. Vou por etapas. Na sequência aparecem as questões intrigantes sobre a origem da Vida a partir da perspectiva Evolucionista.

Perguntas Intrigantes I
1. Por que há qualquer coisa em vez do nada?
Essa pergunta é desafiadora para quem não acredita em desígnio e propósito. E para quem acredita em propósito, o desafio é outro: entender claramente esse propósito. E observe que é uma pergunta que pede respostas em pensamento divergente, pois a grande questão continua: por que o Universo existe?

Como a pergunta inicial é de fato difícil e nos remete à origem de tudo, fica aqui outra questão desafiadora. Das duas uma: ou o Universo sempre existiu ou Deus sempre existiu. Intelectual e racionalmente temos que decidir por uma. Mas analise, se o Universo sempre existiu, como explicar a segunda lei da termodinâmica (a entropia), o big bang, o afastamento das galáxias e a própria ‘existência eterna’ do Universo?

2. Como surgiu a vida?
Se a vida provém de Deus, a resposta é suficiente por si mesma e como ela ocorreu passa a ser apenas um detalhe. A questão que não foi feita é ‘como Deus surgiu’? Podemos responder racionalmente com muita limitação e talvez uma das respostas mais inteligentes (e criativas) já foi dada por Agostinho: Deus não ‘surgiu’ ou foi ‘criado’, porque Deus sempre existiu. E sempre existiu porque foi Ele quem criou o tempo e tudo o mais.

Se a vida surgiu ao acaso, a resposta é bem mais difícil, embora alguns cientistas queiram fazê-la parecer fácil. Dadas as impossibilidades e improbabilidades da matéria inorgânica e mesmo orgânica evoluir ao acaso até um ser vivo, e esse ser vivo já surgir como ‘unidade funcional’ e capacidades de auto proteção, auto reprodução, sistemas digestivo e excretor e um não compreendido senso de existência (que o levaria a manter-se e procriar-se), e tudo isso sem ter ‘consciência’ (se é que nós sabemos o que é consciência), a resposta dos evolucionistas ateístas tende mais para um ato de fé religiosa do que de fé na ciência.

3. Há outros Universos?
A expressão ‘multiverso’, destacada no segundo livro de Sthephen Hawking, tem intrigado a comunidade científica, pois além das fronteiras do Universo fica a pergunta: o que haverá? Se o Universo tem o tamanho medido pela distância das estrelas mais distantes (observadas pelos potentes telescópios), começa ali um ‘vazio’, um ‘nada’? Se sim, e depois? E além disso, questões intrigantes da física quântica, que nos remetem a um ‘delicado’ equilíbrio cósmico, sugerem para alguns a necessidade de uma ‘contraposição’ material em outra dimensão para que tudo que aqui existe se mantenha.


E tem ainda a questão dos ‘buracos de minhoca’, verdadeiras passagens ou atalhos entre diferentes dimensões ou Universos – postulados pelas pesquisas de físicos de renome. E se existem outros Universos, quantos eles seriam? E como seriam? Haveria neles outros seres ‘inteligentes’? Se existem ‘vários’ Universos, eles ocupam todo o ‘vazio’ ou o ‘nada’? Até onde vai o ‘nada’? O ‘nada’ é um ‘espaço vazio’ que vai sendo preenchido por ‘coisas’ ou o nada é a absoluta ausência de qualquer coisa, inclusive do espaço? Até onde vai o limite de nossa inteligência em tentar compreender essas coisas?
Temos aqui mais uma antinomia da razão. Imaginar um Universo finito é muito pouco para a nossa inteligência e capacidade racional. Imaginar um Universo infinito vai muito além da nossa razão e não podemos concebê-lo.


Obs. As perguntas que o Ebenézer apresenta estão no endereço do seu blog: http://detextoemtexto.blogspot.com/


Perguntas Intrigantes II

O que penso sobre o Design Inteligente

O Design Inteligente usa de fato verdades científicas, e onde a Ciência não dá uma explicação para o fenômeno, ou ela não é conclusiva (desde o ponto de vista da própria comunidade científica), ele (design inteligente) explica associando a intervenção divina...
Há cientistas que valorizam o DI... mas acertadamente afirmam que, por incluir elementos metafísicos (espirituais - ação divina) nas explicações dos fenômenos científicos, que deixa de ser apenas ciência, e entra no campo da fé, da religião, ou da crença espiritual.
E fé, de acordo com os estudiosos do campo das religiões e espiritualidade é confiança naquilo que não se pode provar. No cristianismo é a própria definição de Paulo (Carta aos Hebreus 11: 1): “fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem”.
Os defensores do DI, alegam corretamente que a Ciência tem limites e fronteiras sem explicações, ou com explicações que indicam uma significativa dose de confiança na teoria (ou teorias) que explica(m) o(s) fenômeno(s).
Essa confiança depositada numa teoria, que os cientistas de uma forma geral demonstram, para os aficcionados do DI é equivalente a um ato de fé. E olha que muitas vezes é uma confiança numa teoria criada por outros, que se basearam em pesquisas não conclusivas de outros.
Não há dúvidas de que algumas teorias são matematicamente críveis.
Pois essa confiança dos cientistas é um acreditar (para o grupo do DI, 'crer') sem que se possa ter provas concretas (irrefutáveis), mas apenas um modelo teórico que explica o fenômeno. Tanto é assim, que de tempos em tempos um modelo é substituído por outro (mais crível, melhor embasado, mais confiável).
Ou seja, o DI é sério e científico, mas para mim ele de fato ele inclui explicações metafísicas ou sobrenaturais nas lacunas ou limites da ciência, e por esse motivo, é uma mistura de ciência séria e crenças religiosas.
O Michael Behe, pai do DI, se declara evolucionista convicto. Ele afirma que Deus dirigiu a evolução. Ou seja, o pai do DI não é criacionista. Por outro lado, o Francis Collins, evolucionista convicto também, um dos pais do genoma (pesquisas sobre o DNA), não aceitou o DI, mas escreveu uma obra dedicada à sua crença religiosa em Deus e à maravilha do GENOMA e seu processo (o intrincado e complexo sistema e processo de replicação que ocorre na relação RNA e DNA). Em nenhum momento da explicação, ele apela para a intervenção divina no processo, mantendo-se apenas nas explicações científicas. Para o Collins, as leis que Deus criou dão conta do processo da evolução. Para o Behe, no caso da criação da vida, as leis naturais criadas por Deus não são suficientes, é necessária a intervenção divina.
O Collins crê que Deus existe, criou tudo lá no passado imemorial, e estabeleceu as leis que guiam a evolução. O Behe crê que Deus existe, que criou tudo lá atrás no passado imemorial, e criou as leis... mas no caso da vida, houve necessidade de intervenção divina nas etapas do processo, pois há impossibilidades estatísticas e matemáticas para dar conta dos fenômenos e processos, ou mesmo impossibilidades factuais. Leiam os livros deles.
Dois evolucionistas que acreditam em Deus e continuam evolucionistas. Um acredita no Design Inteligente, e o outro não. Os dois acreditam em Deus (ou num Ser superior, transcendente).
Em síntese, pois o assunto é longo, muitos cientistas evolucionistas convictos creem num  Ser superior, alguns até têm uma religião, e outros vão à igrejas ou algo assemelhado, e nem por isso acham que as duas coisas estão ligadas.
Ou seja, separam as duas coisas (ciência e fé), seja em palavras, palestras, escritos, seja na prática da vida mesmo.
Já os adeptos do DI acham que não dá para separar as duas coisas, pelo menos não na explicação dos fenômenos científicos que apresentam lacunas ou limites.
Como sou do campo da Filosofia, e tenho admiração por Descartes e Platão, dois filósofos que entraram com segurança no campo da metafísica, achei muito interessante o DI. Mas até onde conheço – e olha que li tanto as obras do Michael Behe, como do Francis Collins, e assisti palestras de ambos (estão disponíveis na internet) -, concordo com a maioria da comunidade científica ao dizer que no DI há metafísica e crenças nas explicações. No entanto, discordo veementemente dos cientistas que dizem que não há ciência no DI. Tem muita ciência sim, e ciência séria.
Sendo bem sincero, e não quero parecer arrogante ou mal educado, acho que muitos cientistas não fazem ideia clara ou noção real do que seja o DI. Como ouviram falar de uma forma crítica, já formaram um (pré)conceito, e rotularam o DI, sem ler a fundo a própria literatura disponível. Parece cômico, mas essa crítica sem um conhecimento é apenas preconceito, não é uma crítica científica.
Sim, é verdade que alguns leram a fundo e fazem críticas fundamentadas. Mas nesse caso, eles percebem que há ciência, e também, nas lacunas, o elemento fé e espiritualidade.
O primeiro e principal livro do Michael Behe intitula-se A Caixa preta de Darwin, e o livro do Collins chama-se A Linguagem de Deus.
O livro A Caixa Preta de Darwin é bastante 'perturbador' e  'intrigante' ao fundamentar suas argumentações sobre as lacunas e limites da evolução... naqueles trechos onde a estatística, a matemática, a lógica, a análise,  a dedução, a indução, a síntese, enfim, o processo todo fica sem explicação, e nos livros de Ciências aparece uma proposta e a expressão “... a natureza levou bilhões de anos neste processo”, como se o tempo, por si só, fosse um fator quase sobrenatural que resolvesse todos os questionamentos. E, cientificamente e respeitosamente falando, sem querer ofender a inteligência de ninguém, o tempo não realiza impossibilidades. O Behe, com a ajuda de estatísticos mostra tanto improbabilidades, quanto impossibilidades.
Bem, é verdade, concordo com o fato de que o DI tem essa mistura de Ciência séria com crenças metafísicas.
E reforço, é uma injustiça o DI ser chamado de anticientífico. Não é. Isso, de verdade, ele não é. Mas apenas ciências e tão somente ciências – no conceito de Ciências da comunidade científica, também não.
O DI é Ciência + Metafísica... ou Ciência + Crenças religiosas... ou Ciência + Religião.
Obs.
Sobre as lacunas da Ciência, ou ‘elos perdidos’, há vários exemplos.
Por exemplo, observe na literatura científica recente que há teorias que sustentam categoricamente o início da vida na Terra. E ao mesmo tempo há outras, também atuais, que teorizam sobre o início da vida no Espaço (em outro lugar fora daqui), tendo viajado para cá a bordo de um cometa, asteroide, meteorito ou algo assemelhado. O fato de ter duas teorias para explicar um mesmo fenômeno não invalida a ciência. O que ocorre é que, se uma é cientificamente ‘comprovada’, automaticamente ela invalida a outra. A menos que a expressão ‘cientificamente comprovado’ se refira apenas a simulações matemáticas num programa de computador.
No que diz respeito às lacunas, o DI admite que usa a fé para acreditar que Deus interveio no processo. No caso da ciência, ela não admite a fé ou a intervenção sobrenatural nas lacunas, ela dá explicações para essas lacunas e formula teorias que são críveis para a comunidade científica.
Então, cientificamente falando, são teorias, boas teorias, sobre um tema científico.



Perguntas Intrigantes III

Agora as perguntas Intrigantes sobre a origem da Vida

Teóricos do Design Inteligente que são evolucionistas acreditam numa intervenção transcendental que possibilitaria o modelo em seus pontos críticos. Será que há pontos críticos na teoria evolucionista quando ela trata da origem da vida?

A Atmosfera Primitiva

“Em 1953, Stanley Miller fez passar uma faísca elétrica por uma atmosfera de hidrogênio, metano, amônia e vapor d’água. Isto produziu alguns dos muitos aminoácidos existentes, os quais constituem os blocos de construção das proteínas. No entanto só conseguiu 4 dos 20 aminoácidos necessários para o início da formação de um ser vivo. Até hoje, muitos anos depois, os cientistas ainda não conseguiram produzir experimentalmente, todos os 20 aminoácidos necessários, sob condições plausíveis de Laboratório. (1)

Tanto para Miller como para Oparin, os compostos de interesse biológico (seres vivos primitivos) só ocorreriam na ausência de oxigênio livre na atmosfera.”(2)

Mas, a maioria dos cientistas discorda desta colocação, dizendo que havia a necessidade da presença de oxigênio. Hitching afirma: “Havendo oxigênio no ar, o primeiro aminoácido jamais teria começado; sem oxigênio, ele teria sido extirpado pelos raios cósmicos (radiação ultravioleta)”(3)

O Caldo Orgânico

O ambiente aquoso era necessário para dar proteção às formas orgânicas primitivas da severa radiação que teria lugar na atmosfera primitiva.

“É interessante notar que Miller só poupou os quatro aminoácidos, porque os removeu da área da faísca. Se os deixasse ali, a faísca os teria decomposto.” (4) Presentes na água, os aminoácidos tenderiam a se desagregar e não o contrário. “A desagregação no ambiente aquoso é muito mais provável”(5). “A presença na água favorece a desintegração das moléculas maiores em moléculas menores.”(6)

Ambiente Seco?

Se no ambiente aquoso não poderia ter ocorrido a agregação de aminoácidos para a formação de moléculas maiores, seria necessário então um ambiente seco.

“No começo da década de 70, o biólogo Sidney Fox aqueceu a seco, a 60º C, uma mistura de aminoácidos. Obteve uma pequena mistura de polipeptídeos, aos quais chamou de proteinóides. A água resultante evaporou pelo aquecimento, Fox quis demonstrar que os aminoácidos poderiam se unir apenas com uma fonte de energia, o calor. Faltou esclarecer onde isto poderia ter ocorrido.”(7) Num ambiente seco, os aminoácidos estariam expostos à radiação, que os teria exterminado.

Aminoácidos

Existem mais de 100 aminoácidos, mas somente 20 são necessários para as proteínas presentes nos seres vivos.

As moléculas (aminoácidos) possuem uma característica interessante. Algumas são “destras”, outras são “canhotas”. Formadas ao acaso, como se dá na teoria do caldo orgânico, é muito provável que a metade fosse “destra” e a outra metade “canhota”. Todavia, dentre os 20 aminoácidos necessários nas proteínas da vida, todos são “canhotos”. Sobre isso, J. D. Bernal, evolucionista, reconhece: “É preciso admitir que tal explanação ainda continua sendo uma das partes mais difíceis de explicar quanto aos aspectos estruturais da vida. Talvez jamais consigamos explicá-lo.” (8)

Probabilidades

Considerando que os 20 aminoácidos necessários à vida se tivessem originado ao acaso, seria ainda necessário que eles se reunissem novamente ao acaso, de forma ordenada para formar uma única molécula de proteína. As moléculas necessárias à vida possuem proteínas muito complexas, o que tornam as probabilidades um tanto remotas.

Vejamos: É possível acertar ao acaso 20 números em 100 (20 aminoácidos em 100 aminoácidos). Sim, é possível – uma chance em 150.000 (cento e cinquenta mil). Como ganhar na Loteria Federal. Mas atenção, cada número (aminoácido) deve ocupar um lugar predeterminado e ordenado (na sequência correta) no mesmo instante em que se acertam os 20 números em 100. Isto eleva o cálculo probabilístico para uma chance em 10113 (1 seguido de 113 zeros). Isto para formar uma única molécula simples de proteína. Para os matemáticos, qualquer acontecimento que tenha uma probabilidade em 1050 é rejeitado e considerado como jamais ocorrendo (9). Vale lembrar que uma proteína não é um ser vivo.

O Código Genético

O código genético é uma condição sine qua non (sem a qual não se pode) para a reprodução celular. Como diz Hitching: “as proteínas dependem do DNA para se formarem. Mas o DNA não pode formar-se sem a proteína preexistente.”(10)

No DNA estão envolvidas cinco histonas (as histonas estão envolvidas em determinar as atividades dos genes). Elas são de uma complexidade extraordinária, em função de sua disposição e organização para se formar um ser vivo com suas múltiplas funções. “A probabilidade de se formar a mais simples destas histonas (apenas uma) ao acaso é de uma em 20100.”(11) “Este número expressa mais do que o total de átomos em todas as estrelas e galáxias visíveis através dos maiores telescópios astronômicos.”(12)

Referências
(1) W.T.B.T.S. A Vida, qual a sua origem? , Brooklin, NY, USA. 1985, p. 40
(2) STANLEY L. Miller e Leslie E. ORGEL. The Origin of life on the Earth, USA, 1974, p. 33,.
(3) HITCHING, Francis. The Neck of the Giraffe, USA, p. 68.
(4) W.T.B.T.S, op. Cit., p. 41.
(5) WALD, George. Física e Química da Vida, Editora IBRASA, pp. 16-17
(6) DICKERSON, Richard E. A Evolução química e a origem da vida., Revista Scientific American, setembro de 1978, p. 75
(7) BIOLOGIA VIVA, Editora Ática, p. 291
(8) BERNAL, John D. The Origin of the life (a Origem da vida). USA, 1967, p. 144
(9) W.T., op. Cit., p. 44.
(10) HITCHING, Francis. Op. Cit., p.66
(11) W.T., op. Cit., p. 45.
(12) Hoyle, Fred & Wickkramasinghe, Evolution from Space, 1981, USA, p. 27
Fonte da Imagem: http://www.scb.org.br/

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A improbabilidade estatística do acaso - 1ª Parte

A improbabilidade estatística do acaso e o ateísmo
Frank V. Carvalho

Obviamente há os que não acreditam que um ser superior esteja por trás dos desígnios do Universo e da existência humana. Argumentando em favor de sua racionalidade procuram demonstrar que tudo pode ter surgido ao acaso – e assim, não há necessidade de Deus. O problema é que a própria razão exige argumentos plausíveis e dignos de crédito. Como então explicar que o acaso cego pode realizar as façanhas descritas abaixo?

Acredito que para eles, explicar a origem da vida é um tremendo desafio...

Bem, este é um assunto para aqueles que gostam de dados consistentes e confiáveis. Matemáticos e estatísticos têm estudado a sério as probabilidades do surgimento da vida ao acaso e têm encontrado resultados desanimadores para os que acreditam no ‘acaso cego’. Vamos aos números:

Aminoácidos

As moléculas (aminoácidos) possuem uma característica interessante. Algumas são “destras”, outras são “canhotas”. Formadas ao acaso, como se dá na teoria do caldo orgânico, é muito provável que a metade fosse “destra” e a outra metade “canhota”. Todavia, dentre os 20 aminoácidos[1] necessários nas proteínas da vida, todos são “canhotos”. Sobre isso, J. D. Bernal, evolucionista, reconhece: “É preciso admitir que tal explanação ainda continua sendo uma das partes mais difíceis de explicar quanto aos aspectos estruturais da vida. Talvez jamais consigamos explicá-lo.”[2]

Proteínas

Considerando que os 20 aminoácidos necessários à vida se tivessem originado ao acaso, seria ainda necessário que eles se reunissem novamente ao acaso, de forma ordenada para formar uma única molécula de proteína. As moléculas necessárias à vida possuem proteínas muito complexas, o que tornam as probabilidades um tanto remotas.

Vejamos: É possível acertar ao acaso 20 números em 100 (20 aminoácidos em 100 aminoácidos). Sim, é possível – uma chance em 150.000 (cento e cinqüenta mil). Como ganhar na Loteria Federal. Mas atenção, cada número (aminoácido) deve ocupar um lugar predeterminado e ordenado (na seqüência correta) no mesmo instante em que se acertam os 20 números em 100. Isto eleva o cálculo probabilístico para uma chance em 10 elevado a 113 (1 seguido de 113 zeros). Isto para formar uma única molécula simples de proteína. Para os matemáticos, qualquer acontecimento que tenha uma probabilidade igual ou maior que 10 elevado a 50 é rejeitado e considerado como jamais ocorrendo[3].

E vale lembrar que uma proteína não é um ser vivo.

Código Genético
O código genético é uma condição sine qua non (sem a qual não se pode) para a reprodução celular. Como diz Hitching: “as proteínas dependem do DNA para se formarem. Mas o DNA não pode formar-se sem a proteína preexistente.”[4]

Histonas

No DNA estão envolvidas cinco histonas (as histonas estão envolvidas em determinar as atividades dos genes). Elas são de uma complexidade extraordinária, em função de sua disposição e organização para se formar um ser vivo com suas múltiplas funções. “A probabilidade de se formar a mais simples destas histonas (apenas uma) ao acaso é de uma em 20 elevado a 100.”[5] “Este número expressa mais do que o total de átomos em todas as estrelas e galáxias visíveis através dos maiores telescópios astronômicos.”[6]

Moléculas de DNA

Em 1969, o Dr. Frank Salisbury, da Universidade Estadual de Utah, EUA, calculou a probabilidade de se formar espontaneamente uma molécula de DNA básica essencial para o surgimento da vida. Seus cálculos revelaram que a probabilidade é ínfima, considerada até impossível do ponto de vista matemático. Quais seriam as chances de se formar uma única molécula de DNA? Segundo seus cálculos, uma em 10 elevado a 415 (1 seguido de 415 zeros)![7]

Conclusão

Você percebeu que eu não apresentei os cálculos estatísticos para o surgimento ao acaso dos aminoácidos. Na seqüência vieram as proteínas, depois as histonas e as moléculas de DNA, cada uma com seus cálculos estatísticos que as tornam improváveis ao acaso. O que parece é que o acaso acaba sendo uma palavra com um sentido diferente no vocabulário do ateísmo. Para tudo o que não se consegue dar uma explicação satisfatória surge o acaso, atuando ao longo de milhões ou bilhões de anos e dando conta da tarefa. Realmente impressionante!


Difícil não acreditar que eles têm muita no 'acaso'! [8]

Referências:
[1] Existem mais de 100 aminoácidos, mas somente 20 são necessários para as proteínas presentes nos seres vivos.
[2] BERNAL, John D. The Origin of the life (a Origem da vida). USA, 1967, p. 144.
[3] W.T.B.P.S., A Vida, qual a sua origem? , Brooklin, NY, USA. 1985, p. 44.
[4] HITCHING, Francis. The Neck of the Giraffe, USA, p.66
[5] W.T.B.P.S., op. Cit., p. 45.
[6] Hoyle, Fred & Wickkramasinghe, Evolution from Space, 1981, USA, p. 27
[7] Como base para seus cálculos, ele supôs com base no pensamento atual da evolução, que outros planetas do Universo também reuniram condições que a molécula de DNA tenha tido a oportunidade de evoluir por meio de reações químicas naturais. Isso daria um total de 100 quintilhões (10 elevado a 20) de planetas que oferecessem condições de sustentar a vida, durante um período de 4 bilhões de anos. Ainda assim, a chance seria de uma em 10 elevado a 415.
[8] O Design Inteligente é uma proposta que une a Ciência em todas as suas explicações científicas, e nos limites, lacunas e impossibilidades, fé na intervenção de um Ser Superior (crença em Deus). Clique aqui e veja o que penso sobre o Design Inteligente.

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