quinta-feira, 30 de outubro de 2008

As minas do rei Salomão

Pesquisadores confirmam um fato bíblico, mas que até então, era tido como uma lenda por estudiosos. Veja abaixo a notícia:
As minas do rei Salomão
Salomão é uma figura descrita tanto no Velho Testamento como no Corão. Segundo a Bíblia, teria sido o terceiro rei dos hebreus, depois de Saul e Davi, de quem era filho. Há poucas evidências históricas do período estimado em 30 anos no qual Salomão teria conduzido a chamada Monarquia Unida, que ao fim de seu reinado seria dividida nos reinos de Israel e Judá. Mas as lendas são numerosas.

A idéia de opulência no reinado de Salomão, tornada possível pela existência de minas de ouro praticamente inesgotáveis, foi aumentada pelo livro As minas do rei Salomão, publicado em 1885 pelo inglês Henry Rider Haggard (1856-1925), primeiro romance de aventura na língua inglesa que se passa na África. A aventura liderada pelo aventureiro Allan Quatermain por uma região inexplorada no continente é considerada a precursora dos livros sobre “mundos perdidos”.

Um novo estudo, que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), destaca que as minas teriam existido em período coincidente com o descrito nos relatos bíblicos. Segundo a pesquisa, o controle da exploração do minério, no caso cobre, em região localizada na atual Jordânia, teria se iniciado durante o reinado de Davi.

Liderado por Thomas Levy, da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, e Mohammad Najjar, da instituição Amigos da Arqueologia, da Jordânia, um grupo internacional de pesquisa escavou um antigo centro de produção de cobre em Khirbat en-Nahas, ao sul do mar Morto.

A escavação foi feita até se atingir terreno não explorado, após mais de 6 metros de detritos. Os pesquisadores encontraram artefatos e, por meio de datação por radiocarbono, verificaram que o auge da produção das minas ocorreu no século 10 a.C., o que se encaixa com a narrativa bíblica dos reinados de Davi e Salomão.

A data é três séculos anterior ao que estudos arqueológicos anteriores haviam concluído. O estudo também identifica um aumento na atividade metalúrgica no local no século 9 a.C., o que estaria em conformidade com a história do povo edomita também relatada no Velho Testamento.

Thomas Levy afirmou: “Não podemos acreditar em tudo que os escritos antigos dizem, mas o estudo indica uma confluência entre as datas arqueológicas e científicas com as contidas na Bíblia”.

De 1925 a 1948, período conhecido como era de ouro da arqueologia bíblica, os cientistas tentaram encaixar suas pesquisas na cronologia do Velho Testamento. A partir da década de 1970 a tendência mudou, depois que escavações na Jordânia indicaram que a metalurgia não teria se iniciado na região até o século 7 a.C. Agora, o novo estudo indica que a exploração de minérios começou mesmo mais cedo.

“Nosso trabalho também demonstra métodos objetivos que permitem a análise de dados de modo neutro e isento. Isso é especialmente importante em lugares onde os registros arqueológicos e a análise de textos sagrados –seja o Mahabharata, na Índia, ou as Sagas, na Islândia – tornam-se arenas para calorosos debates ideológicos e culturais”, disse.

Segundo Levy, o grupo pretende centrar futuros estudos no sítio arqueológico em Khirbat en-Nahas em quem controlava a produção de cobre na região, se os reis Davi e Salomão ou líderes edomitas, e também no impacto ambiental promovido pela antiga indústria.

Fonte: 28/10/2008, Agência FAPESP.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Dawkins, um delírio

Críticas a Dawkins


Antony Flew, brilhante filósofo, que já foi o ateu mais proeminente do mundo, faz uma dura crítica contra Richard Dawkins. Vale lembrar que Dawkins é considerado agora como o mais entusiasta defensor do ateísmo.

“O The God Delusion [em português: Deus, um delírio) escrito pelo ateu Richard Dawkins é notável, em primeiro lugar, por ter conseguido uma espécie de recorde ao vender mais de um milhão de cópias. Mas o que é muito mais notável do que o sucesso econômico é que o seu conteúdo - ou melhor, a falta de conteúdo - mostra que o próprio Dawkins tornou-se o que ele e seus colegas secularistas acreditam tipicamente ser uma impossibilidade: ou seja, um ‘fundamentalista secular’. (a minha cópia do Dicionário de Oxford define um fundamentalista como 'um obstinado ou um adepto intolerante de um ponto de vista').”

Notável! O interessante é que Antony Flew foi um ateu que buscava incessantemente a verdade. O seu lema é (ainda vive): “seguir o argumento até aonde ele o levar”. Pois foi seguindo o argumento, que ele encontrou a Deus. Infelizmente, o mesmo não se passa com Dawkins, pois a única coisa que seu livro parece demonstrar, é um profundo ódio por quem pensa diferente dele.

A Verdade Chocante Sobre a Destruição das Carreiras de Quem Questiona Darwin


Slaughter of the Dissidents: The Shocking Truth About Killing the Careers of Darwin Doubters (O Abate dos Dissidentes: A Verdade Chocante Sobre a Destruição das Carreiras de Quem Duvida de Darwin) por Dr. Jerry Bergman

Inquisição, perseguição? Idade Média? Os séculos quinhentista e seicentista estão de volta? Nada disso, estamos falando da perseguição da qual são vítimas os acadêmicos ou cientistas que questionam Darwin. Jerry Bergman experimentou em sua própria vida a discriminação e a interrupção de sua carreira há mais de trinta anos atrás, enquanto docente na Bowling Green University. Essa triste experiência o fez lançar-se na tarefa de documentar a discriminação acadêmica e religiosa que é demonstrada contra estudantes, cientistas e educadores que ousam duvidar de Darwin.

Bergman entrevistou mais de 300 pessoas, na sua tarefa de documentar um dos crimes de ódio em crescimento nos Estados Unidos. Ele também não poupou esforços para entrevistar pessoas dos “dois lados da moeda” e pediu para que cada vítima revisse a descrição do seu caso antes da publicação.

O livro mostra como pessoas bem preparadas, com um currículo de contribuições à ciência, pode ser massacrado pela “onda” evolucionista.

Ao que tudo indica, essa ‘onda’ parece estar em sua força máxima.

Será o fim da liberdade acadêmica e religiosa nos meios científicos?

Alguns capítulos do Livro:
Um Contexto para a Discriminação Contra os Cépticos de Darwin
Intolerância Contra os Cépticos de Darwin
Negação de Graduações Alcançadas
O Linchamento Público de Roger DeHart
Os Professores Richard Bube e Dean Kenyon
O Caso de Ray Webster
Caroline Crocker: Expulsa Duas vezes
O Caso do Professor de Biologia Dan Scott
Raymond Damadian: Inventor da Ressonancia Mágnética (MRI)
O que pode ser feito?

Em defesa de Reiss - The Guardian

John Denham, secretário de Estado para a Inovação, Universidades e Habilidades defendeu nesta ‘Semana pela Educação’ ao The Guardian que, "como uma sociedade, temos o dever de procurar estimular o talento dos nossos jovens, independentemente da sua origem social, e deve aplicar os mesmos aos nossos estabelecimentos de ensino ".

Isto parece contradizer a postura assumida pela Real Sociedade de forçar a demissão do Prof Michael Reiss de sua posição quanto como diretor de educação da instituição e sua atuação como professor de educação científica no Instituto de Educação da Universidade de Londres.

Dentre todos os meios de comunicação fica evidente que Reiss utiliza o argumento científico ao considerar que os professores têm de estar conscientes da fé de seus alunos, de seus aspectos sociais e culturais no ensino de biologia evolutiva, e tudo isso tem sido ignorado em favor de uma determinada atitude científica.

A Royal Society, supostamente representando o melhor da investigação em ciência, cedeu à pressão de um pequeno número de seus líderes.

A questão geral da relação entre ciência e sociedade é atualmente um ponto muito elevado na agenda do governo.

O Departamento de Educação governamental está buscando respostas em uma consulta importante para formular um documento para tornar mais eficaz e produtivo o relacionamento entre cientistas e a comunidade em geral, incluindo os formuladores de políticas públicas.

Quando do lançamento da iniciativa, quase um ano atrás, o conceito de "ciência" foi expressado em termos muito estreitos e tradicionais.

Ao longo do mês subseqüente, o Governo, com contribuições de cientistas sociais, começou a modificar essa perspectiva e reconhecer que a investigação científica pode incluir as ciências sociais.

As Ciências Sociais em sua investigação científica fornecem evidências de uma sociedade complexa como toda sociedade pode ser, por exemplo, composta por uma diversidade de pessoas com sua fé, grupos sociais e culturais.

O delírio da mídia em torno da atitude da Royal Society com relação ao diretor de educação (Reiss) mostra a ampla evidência da complexidade destas questões.

Primeiro, ela mostra claramente que há controvérsias sobre o que se entende por ciência, mesmo no campo da biologia evolutiva, e também o que se entende por sociedade.

Segundo, porque mostra que pesquisadores podem saber muito, mas ter muito pouco conhecimento ou compreensão dos processos de ensino e de aprendizagem, quer nas escolas ou no ensino superior.

Em terceiro lugar, ela demonstra a falta de sensibilidade sobre a atual evidência da investigação sobre o ensino e a aprendizagem, e especialmente sobre a educação científica nas escolas e universidades.

O conselho econômico e social da investigação Ensino e Aprendizagem de Investigação programa levou a cabo cerca de 70 projetos de investigação ao longo dos últimos oito anos, proporcionando uma enorme variedade de evidências sobre as complexas relações do ensino e da aprendizagem.

Após isso, revelaram-se presentes 10 documentos informativos sobre princípios efetivos de ensino e aprendizagem para orientar a política e a prática.

Um desses princípios é que o ensino e a aprendizagem devem colaborar com os grandes idéias, fatos, processos, linguagem e narrativas dos seus temas de modo que os alunos compreendem o que constitui a realidade e sua qualidade e as normas em particular disciplinas.

Neste caso, poderíamos citar biologia evolutiva como um exemplo para a educação científica.

No entanto, também argumentam que o ensino deve levar em conta aquilo que já conhecemos, a fim de planificar as suas próximas etapas. Isto significa tomar por base a aprendizagem anterior, bem como as experiências pessoais e culturais dos diferentes grupos.

Aqui nós gostaríamos de reconhecer que no estudo da ciência em turmas, escolas e universidades, existe uma diversidade social, cultural e os grupos religiosos. Professores e universitários precisam ter conhecimento desta diversidade para o desenvolvimento adequado e práticas inclusivas, singular ou cientistas sociais.

Será que a Royal Society gostaria de seguir os argumentos da secretária de Estado, e basear a sua oferta educativa baseada no conhecimento científico sobre ensino e aprendizagem?

Esperamos que ela aprenda com este triste episódio e suas políticas sobre uma base mais segura compreensão do ensino e da aprendizagem. Se isso não acontecer, as suas ambições para melhorar a educação científica britânica provavelmente permanecerão trazendo desapontamentos.
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Fonte:
O artigo acima é uma tradução da Reportagem publicada no Jornal inglês The Guardian por:
Miriam David, diretor associado do Programa de Pesquisa Ensino e Aprendizagem no Instituto de Educação da Universidade de Londres.
Site: http://www.guardian.co.uk/education/mortarboard/2008/sep/17/science.religiousstudiesandtheology

Royal Society fortemente criticada na Imprensa


A Royal Society tem sido alvo de uma onda de críticas na imprensa, desde que o seu Diretor da Educação foi forçado a se demitir devido a questões ligadas ao criacionismo. Diversas publicações se uniram em defesa do cientista, Dr. Michael Reiss:

Por que razão Reiss tem que se demitir? - The Guardian

A Royal Society não foi correta com Michael Reiss - The Times
Royal Society às escuras quanto ao criacionismo - Daily Telegraph

Inquisição Secular na Royal Society - The Spectator

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