segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Palestra no Rio Grande do Sul - Cooperação e União fazem a diferença

O Sicredi e a Cotriel, juntamente com os municípios de Campos Borges, Jacuizinho, Salto do Jacuí e a Cooperativa Educacional João Batista Rotta realizaram no começo de setembro de 2016 na Afeco, em Espumoso, o 8º Seminário Regional do Programa "A União Faz a Vida".


O evento teve como objetivo integrar e motivar as pessoas que contribuem para o êxito do programa de Educação Cooperativa. 
E lá tive a oportunidade de motivar os professores com conteúdos significativos da Aprendizagem com cooperação e a importância do trabalho em equipe na educação.

Entre as várias reflexões, também momentos de descontração e interação com os participantes. Clique abaixo:





domingo, 13 de novembro de 2016

Se, Quase e Pentimentos

Se, Quase e Pentimentos
por Frank Viana Carvalho

Esses dias do lançamento do livro do Tostão fizeram-me lembrar dos ‘pentimentos’, palavra de origem latina que significa o rumo diferente que as escolhas podem ou poderiam nos levar.

Em algumas coisas da vida, dá para fazer escolhas múltiplas, e viver ao mesmo tempo caminhos que às vezes se harmonizam, às vezes se conflitam. Na modernidade a grande maioria quer uma carreira de sucesso e ao mesmo tempo uma vida pessoal de tranquilidade, afeto e realizações. Na prática, pouca gente consegue isso.

No filme, ‘O Diabo veste Prada’, fica evidenciada uma máxima dos antigos: o sucesso cobra um preço que a maioria de nós não está disposta a pagar...

Se cada escolha representa uma renúncia, nada se realiza sem perdas: às vezes, por não querer perder nada, acabamos perdendo tudo...

Mas a vida tem muitos aspectos de decisões que vão além do dilema sucesso profissional versus sucesso pessoal. Eles envolvem tanto o “se” dos pentimentos, como os “quase” do novo livro do Tostão.

Ah, se eu tivesse sido... se eu tivesse feito...

Como é que seria? Às vezes é fácil fazer essa análise, às vezes é difícil.

Às vezes perdemos com as escolhas, e às vezes ganhamos. Na verdade, como cada escolha envolve uma renúncia, sempre perdemos e sempre ganhamos. A questão que sempre fica é: o que vale a pena?

Mas até mesmo 'o que vale a pena' é difícil de responder, pois o que vale a pena hoje pode mudar e não valer a pena amanhã...

“Todo encontro é um reencontro, com o que vivemos, imaginamos, sonhamos, deixamos de viver ou com o que perdemos”. (Eduardo G. Andrade - Tostão)

Muitas coisas que desejamos não conseguimos. Outras, que temos, às vezes perdemos. E isso muitas vezes é bom, pois são perdas necessárias que levarão a outros ganhos.

Mas de fato, o que queremos? Viver nossos desejos e sonhos? Resolver problemas?

Viver os sonhos e desejos nos dá uma sensação de plenitude, resolver os problemas nos dá um sentimento de satisfação. Só que resolver um problema ao fazer escolhas é mudar a natureza do problema, e isso trará outros problemas. Mas assim é a vida, resolver problemas e tentar realizar nossas vontades (sonhos e desejos).

Embora haja mais semelhanças, por muito pouco, há de fato diferenças entre os ‘se’, e os ‘quase’. Os ‘se’ parecem ser mais suposições, e os ‘quase’ parecem ser reviravoltas do destino. É por isso que alguns contornam ou driblam os ‘quase’ e vão lá e 'fazem' ou 'vivem'.

A pergunta se repete: o que de fato queremos? Apenas estar seguros de que somos capazes de conseguir? Como saber se queremos se o temor nos impede de avançar? Ou se acontecer de querer, mas sermos levados a renunciar o que queremos?

Não existe vida linear, com acontecimentos corretamente estabelecidos e ordenados – sempre há interrupções e mudanças. Ah, as mudanças... elas são inevitáveis.

Uma vez perguntaram a Rubem Alves porque ele era escritor. Ele disse, entre sorrisos, que era porque tudo que ele havia tentado antes (pastor, professor, psicanalista, conferencista), de alguma forma, não tinha dado certo. No final ele riu da própria resposta que havia dado...

Até nisso uma pergunta: o que é que dá certo no sentido da perfeição? Talvez pouca coisa.

Mas se considerarmos que somos seres imperfeitos buscando encontrar um sentido, um caminho, ou melhor, buscando encontrar a nós mesmos... sim, em cada escolha estaremos nos encontrando...

Por instantes fugazes, por detalhes simplórios, e por acasos, a vida muda, tudo muda, ganhamos e perdemos.

Algumas pessoas têm mais “quase” do que outras. Outras, têm mais 'se'...

É como diria João Guimarães Rosa: “Viver é um descuido prosseguido”.

Para reflexão:
Tempos Vividos, Sonhados e Perdidos. Eduardo Andrade (Tostão) fala muito sobre os 'quase'.
Filme "Um Dia" de Lone Scherfig retrata os 'pentimentos'.

Emília Ferreiro

Emília Ferreiro é uma psicolinguista argentina que doutorou-se pela Universidade de Genebra, orientada por Jean Piaget. A sua carreira profissional foi especialmente construída no México. Ela inovou ao utilizar a teoria do mestre de Genebra para investigar um campo que não tinha sido objeto direto de estudo piagetiano: a alfabetização. Por muitos anos foi pesquisadora do Instituto Politécnico Nacional, no México.

Para Emília as crianças chegam à escola sabendo várias coisas sobre a língua. É preciso avaliá-las para determinar estratégias para sua alfabetização. Apesar da criança construir seu próprio conhecimento, no que se refere à alfabetização, cabe ao  professor, organizar atividades que favoreçam a reflexão sobre a escrita.

 A contribuição de Emília Ferreiro ocorre especialmente no que se refere à alfabetização. Para ela é preciso respeitar o nível de desenvolvimento dos estudantes, verificando em primeiro lugar em que altura do processo da leitura e da escrita eles estão.

Diagnosticar quanto os alunos já sabem antes de iniciar o processo de alfabetização é um preceito básico do livro Psicogênese da Língua Escrita, que Emília escreveu com Ana Teberosky em 1979. A obra, um marco na área, mostra que as crianças não chegam à escola vazias, sem saber nada sobre a língua. De acordo com a teoria, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada. A estas fases, Emília dá o nome de hipóteses (justamente porque a criança constrói hipóteses sobre a sua compreensão da escrita):
pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;
silábica: interpreta a letra à sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada letra;
silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas;
alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.



Há uma tentativa de se estruturar essa metodologia em torno de princípios que organizam a prática do professor. O fato de a criança aprender a ler e escrever lendo e escrevendo, mesmo sem saber fazer isso, é um desses princípios. Nas escolas verdadeiramente construtivistas, os alunos se alfabetizam participando de práticas sociais de leitura e de escrita. A referência de texto para eles não é mais uma cartilha, mas textos às vezes complexos.

Hoje, o conhecimento sobre esse processo continua avançando. Apesar de ter proporcionado aos educadores uma nova maneira de analisar a aprendizagem da língua escrita, o trabalho da pesquisadora argentina não dá indicações de como produzir ensino. Não existe o "método Emilia Ferreiro", com passos predeterminados, como muitos ainda possam pensar. Mas existem indicações de como se processar a construção do conhecimento. No entanto, há polêmica em torno do trabalho da psicolinguista. Os professores não têm à disposição uma metodologia de ensino da língua escrita coerente com as mudanças apontadas pela psicolinguista. E hoje ainda se reacendem os debates sobre qual é o caminho mais adequado e rápido para se alfabetizar uma criança: se o caminho global apontado por Emília (do todo para as partes) ou, por exemplo, se caminhos fônicos, silábico-alfabéticos, apontados por outros estudiosos da alfabetização em diferentes países (das partes para o todo), ou mesmo a utilização de vários caminhos ao mesmo tempo.

Referências:
FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Artmed Editora. Porto Alegre. 1999.
Link: http://novaescola.org.br/conteudo/338/emilia-ferreiro-estudiosa-que-revolucionou-alfabetizacao

O Pragmatismo - Uma síntese

O Pragmatismo


Três pontos essenciais para a compreensão do pragmatismo: 
- a realidade não é fixa, mas está em um constante estado de mudanças à medida que a experiência humana aumenta;
- vivemos em um universo dinâmico que está em um constante estado de mudança.
- a verdade é aquilo que funciona. 

O conhecimento, de acordo com o pragmatismo, fundamenta-se na experiência - é necessária a interação - e o valor do conhecimento está ligado à sua utilidade. 
Só é valido e portanto, importante, aquilo que é útil. 

(1) O conhecimento não é estático
(2) A verdade fundamenta-se na experiência
(3) Só tem valor aquilo que é útil
(4) Decorrente das três anteriores, há uma evidente relativização do conhecimento e dos valores.

Os principais expoentes dessa filosofia são William James, Charles Peirce e John Dewey

Clique abaixo e veja nesse link sobre Dewey aprofundamentos do pragmatismo:

Edgar Morin - Os Sete Saberes e a Teoria da Complexidade


A Teoria de EDGAR MORIN

Edgar Morin, filósofo nascido na França, em 1921 é um dos maiores expoentes da cultura europeia no século XX e um dos maiores filósofos da atualidade. Ele é o pai da teoria da complexidade, minuciosamente explicada nos quatro livros da série O Método, ele defende a interligação de todos os conhecimentos, combate o reducionismo instalado em nossa sociedade e valoriza o complexo. A palavra complexidade pode, de início, causar estranhamento. O ser humano tende a afastar tudo o que é (ou parece) complicado. Morin prega que se faça, com urgência, uma modificação nessa forma de pensar. "Só assim vamos compreender que a simplificação não exprime a unidade e a diversidade presentes no todo", define o estudioso. Exemplo: o funcionário de uma fábrica de automóveis é capaz de fazer uma peça essencial para o funcionamento de um veículo, mas não chega sozinho ao produto final. É importante ressaltar que Morin não condena a especialização, mas sim a perda da visão geral. Na educação, Morin mantém a essência da teoria da Complexidade. Ele vê a sala de aula como um fenômeno complexo, que abriga uma diversidade de ânimos, culturas, classes sociais e econômicas, sentimentos. Um espaço heterogêneo e, por isso, o lugar ideal para iniciar a reforma da mentalidade que ele prega.

No mundo todo, o currículo escolar é mínimo e fragmentado (dividido em várias matérias que muitas vezes não aproveitama interconexão que têm entre si). Para ele, essa estrutura não oferece a visão geral e as disciplinas não se complementam nem se integram, dificultando a perspectiva global que favorece a aprendizagem. O conjunto beneficia o ensino e não a aprendizagem, porque o aluno busca relações para entender. Assim, só quando sai da disciplina e consegue contextualizar é que ele vê ligação com a vida.
A escola, a exemplo da sociedade, se fragmentou em busca da especialização. Primeiro, dividiu os saberes em áreas e, dentro delas, priorizou alguns conteúdos. Para que as idéias de Morin sejam implementadas na educação, é necessário reformular essa estrutura, uma tarefa complicada. É difícil romper uma linha de raciocínio cultivada por várias gerações, mas é perfeitamente possível. Bons exemplos são os trabalhos com “Projetos”, onde várias disciplinas são integradas através de um tema comum. Outro exemplo é pedir que os alunos usem um só caderno para todas as disciplinas. Isso acaba com a hierarquia que muitas vezes existe entre as matérias e mostra que nenhuma é mais importante que as outras. Na verdade, todas estão interligadas e são dependentes entre si. A grande marca de Morin na educação mundial é certamente seu livro “Os sete saberes necessários à educação do futuro”. Os sete saberes indispensáveis enunciados por Morin são eixos e, ao mesmo tempo, caminhos que se abrem a todos os que pensam e fazem educação e que estão preocupados com o futuro das crianças e adolescentes. O texto de Edgar Morin tem o mérito de introduzir uma nova e criativa reflexão no contexto das discussões que estão sendo feitas sobre a educação para o Século XXI. Aborda temas fundamentais para a educação contemporânea, por vezes ignorados ou deixados à margem dos debates sobre a política educacional.
São eles:
1.       As cegueiras do Conhecimento: o erro e a ilusão (O conhecimento é um farol que ilumina o caminho, no entanto, o conhecimento nos leva até as suas fronteiras. No processo de adquirir o Conhecimento, o erro tem papel fundamental – ele deve ser usado na aprendizagem. Por outro lado, se soubermos algo de forma equivocada; ou se o conhecimento é incompleto; ou ainda se um conhecimento que adquirimos não for verdadeiro e nos fixarmos nele, se o tomamos por verdade absoluta... Assim, vemos que há “cegueiras no conhecimento e no processo de aquisição do mesmo e podemos nos iludir de que sabemos, ou de que alcançamos a verdade sobre um determinado assunto)
2.       Os princípios do conhecimento pertinente (O conhecimento precisa fazer sentido, ser ligado e interligado a outros saberes. Não precisamos saber tudo, mas precisamos saber o necessário. Sua pertinência, interligação e inter-relação indica sua importância e utilidade);
3.       Ensinar a condição humana (Somos seres complexos, não apenas entidades físicas. Somos seres com aspectos sociais, psicológicos, afetivos, espirituais, cognitivos... A condição humana é a condição da limitação, mas ao mesmo tempo do potencial; da certeza e das dúvidas, do simples e do complexo; do saber e não saber; da contradição e da superação – tudo isso nos faz essencialmente humanos);
4.       Ensinar a identidade terrena (Vivemos em um lindo planeta que nos dá identidade, presença e significado no Universo. Nossa condição terrena é a da finitude – os recursos e a vida no planeta são finitos. Assim, devemos cuidar um do outro e do nosso planeta, seus recursos);
5.       Ensinar a reconhecer e enfrentar as incertezas do nosso tempo (Na vida temos poucas certezas, embora o mundo moderno queira nos passar exatamente a ideia contrária. Até mesmo a ciência deve trabalhar com a ideia de que existem muitas coisas incertas (Princípio da Incerteza).
6.       Ensinar a compreensão (A comunicação humana deve ser voltada para a compreensão; ensinar a tolerância, o respeito e a abertura ao próximo);
7.       A ética do gênero humano (É a antropoética (antropós – homem), ancorada em três elementos – indivíduo, sociedade e espécie. O princípio da reciprocidade - Não desejar aos outros aquilo que não quer para você. Ensinar a consciência de uma Terra-Pátria que se traduza em uma vontade de realizarmos a cidadania terrena).
Fontes:
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo, Editora Cortez, 2000.
Abril: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/materias_296365.shtml
Infoescola: http://www.infoescola.com/pedagogia/a-educacao-segundo-edgar-morin/
Conteúdo Escola: http://www.conteudoescola.com.br/site/content/view/89/27/

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Como é bom Sonhar

Como é bom sonhar
por Frank Viana Carvalho
Platão parecia querer o sonho,
Aristóteles parecia querer a realidade.
Será possível viver as duas coisas:
sair da caverna e viver o sonho?
Talvez...
Quem sabe é possível
construir a nossa própria caverna
Bem no alto, lá no céu, nas nuvens...
Castelos de areia, castelos de cartas,
contos de fadas e viver nas alturas
parecem ser semelhantes em nos lembrar
como é bom sonhar e viver nas nuvens...
A ingenuidade, o sonho e a alegria
que vem da doce expectativa
tornam a vida mais leve,
linda e suavemente maravilhosa...
É tão bom sempre acreditar no melhor do outro.
É tão bom apostar só no presente
e deixar de lado o passado e o futuro,
para eternizar momentos e guardar lembranças...
Por vezes o sonho parece tomar vida
e nos faz acreditar que ele seria o futuro,
quando na verdade ele, brincando com a gente
parece ser o pretérito... ou o futuro do pretérito?
Será que ele nos daria uma chance?
Mas quando achamos que é melhor não despertar
a realidade insiste em nos chamar de volta
pois ela sempre parece querer não nos dar a alegria
que julgamos merecer e lutamos por conquistar.
Ah, a realidade, ela também nos faz covardes
ao infundir o medo da mudança
e o temor em nossa alma...
Ah, o despertar matutino...
O acordar cada dia para enfrentar a realidade
e viver as obrigações.
Ah se pudéssemos viver nas nuvens
prolongando o tempo tanto quanto pudermos...
a eternidade em alguns minutos.
Agiríamos parando o tempo ou quem sabe,
voltando ou avançando no tempo.
Sabe de uma coisa... talvez seja melhor esquecer o tempo.
Pois a verdade é que um dia no tempo seremos interrompidos
e retornaremos ao seio da mãe
dando a vitória ao tempo...
ah, o tempo, essa marcha que avança,
inexorável... rompendo a doçura do sonho
e fazendo-nos outra vez despertar...

Novembro de 2016

Prece

Que Deus leve para longe tudo o que nos diminui, 
tudo o que nos tira o sorriso sincero e o olhar de bondade.
Que Deus nos livre dos enganos, e nos proteja do mal.
Que Deus nos afaste das ilusões e dos sentimentos vazios.

Que Deus aumente nossa visão, tire nosso orgulho e acrescente nossa capacidade de nos refazer sempre que necessário, e que acima de tudo, 
que Deus nos ajude a sermos melhores cada dia.

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