segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Intolerância

Uma crítica muito forte que os evolucionistas costumam fazer aos criacionistas é sobre a intolerância da qual foi alvo Galileu Galilei e outros que defendiam idéias científicas não amparadas pela Igreja.

Como a história "é uma roda", o mesmo procedimento é agora adotado, alguns séculos depois, por quem...

Pela ciência!

Um biólogo que defendeu o criacionismo foi forçado a se demitir da 'prestigiada' Royal Society. Sim, é isso mesmo. Michael Reiss, diretor de educação da instituição havia defendido durante uma reunião de cientistas, a tolerância ao ensino do criacionismo nas escolas britânicas.

Com as repercussões de sua fala, ele foi forçado a dar esse passo porque seus colegas concluíram que sua fala havia prejudicado a reputação da entidade.

Veja o que diz o Jornal Estado de São Paulo:

"Em um discurso feito no Festival de Ciências realizado em Liverpool, Reiss havia dito que era contraproducente tirar das aulas de ciência as teorias que se contrapõem à evolução, com base no fato de que não têm validade científica.

De acordo com Reiss, os professores de Ciências não deveriam ver no criacionismo uma "idéia equivocada", e sim uma cosmovisão alternativa, em que acreditam muitas crianças que cresceram no seio de famílias cristãs ou muçulmanas.

O ganhador do Prêmio Nobel de Medicina Richard Roberts descreveu as opiniões de seu colega como "escandalosas" e escreveu uma carta ao presidente da Royal Society, Lorde Rees de Ludlow, exigindo a demissão de Reiss.

O ganhador do Nobel de Química Harry Koto, também membro da sociedade, escreveu por sua vez uma carta dizendo que já havia advertido para o perigo de manter um sacerdote como diretor de educação da instituição.

Com a polêmica instaurada, a Royal Society divulgou um comunicado dizendo que os comentários de Reiss, que havia falado na condição de dirigente da entidade, se prestavam facilmente a "interpretações erradas".

"Mesmo que não fosse essa sua intenção, houve dano à reputação da Society", diz o comunicado, que prossegue: "O criacionismo carece de base científica e não deveria ter parte no currículo de ciências. E se um jovem levanta a questão do criacionismo numa aula de ciência, os professores deveriam ser capazes de explicar que a evolução é uma teoria com sólida base científica e que esse não é o caso, de modo algum, com o criacionismo".

Uma nota adicional. O "Estado de São Paulo" e a "Folha de São Paulo" se limitaram a dar a notícia sem se posicionar. Já a Revista "Veja" deu total apoio à Royal Society, tratando o professor como alguém que merecia mais do que a expulsão da referida entidade.

Isso já vem acontecendo há um bom tempo no meio científico. E com o apoio da mídia. É a história se repetindo, apenas com os personagens invertidos. E com certeza não vai parar por aí.

Fonte: http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid243441,0.htm

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Milhões de Elos Perdidos - Desconforto para o acaso cego

Algumas camadas geológicas mostram grande quantidade de registros fósseis, com significativas diferenças de complexidade surgindo no período cambriano. É um problema para a teoria, a chamada “explosão cambriana”.

O modelo sugere que eles deveriam 'ter surgido aos poucos' nas diferentes camadas, e 'das formas mais simples para as mais complexas'.

Do período total dedicado à vida na escala evolutiva, a teoria estabelece para a explosão cambriana um tempo total de menos de 1% de todo o tempo evolutivo (1). Muitos teóricos convictos vêm nisso um sério problema.

O cientista Samuel Bowring, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, cuja especialidade é datação de rochas, faz o seguinte comentário: "E o que eu gosto de perguntar a alguns dos meus amigos biólogos é ‘quão rapidamente a evolução pode acontecer, antes que eles se sintam desconfortáveis?’ (2)

Fósseis de peixes e animais marinhos foram encontrados no alto da cordilheira dos Andes e em outras grandes montanhas do mundo. Essa constatação é desconfortável porque reforça a ideia de uma inundação universal negada por vários defensores do acaso cego.

A Terra é demasiadamente adaptada à vida (atmosfera, água, solo, alimentos, estações, inclinação do eixo, distância do sol, etc.). Só o acaso daria conta de explicar como tantos fatores coincidentes tornaram este mundo propício à vida?

A excessiva complexidade dos seres vivos, suas partes componentes (DNA, RNA, Células; olhos, cérebro, etc.) e seus ciclos vitais (digestão, reprodução, circulação, autodefesa, etc.) apontam para a ideia de propósito (teleologia). O problema para a teoria é que cálculos estatísticos da quantidade de mutações e de tempo (para elas ocorrerem) levarem ao atual nível de complexidade chegam a números inimagináveis.

A impossibilidade (até o momento) de se produzir vida a partir de não vida (matéria inorgânica), mesmo com os mais sofisticados recursos científicos disponíveis e os melhores laboratórios (nas melhores condições) é um problema óbvio e um assunto evitado. Se vida só provem de vida, isto leva a um ser vivo inicial, primordial. Como ele surgiu e de onde ele terá vindo? Nesse ponto alguns irão relativizar o conceito de vida para favorecerem suas hipóteses...

Organismos com todas as condições para manter a vida, não se mantém e sementes não apresentam nenhuma condição básica para apresentar vida (aparentemente matéria orgânica morta) – mas ao serem plantadas, germinam ...

“A este nível, o conceito de vida apresenta dificuldades tão grandes que os cientistas não conseguiram elaborar uma definição única, que satisfaça aos distintos ramos da Biologia relacionados com o problema da vida.” A vida (“anima”, essência vital) constitui-se um mistério.

A necessidade de que os primeiros seres vivos (embora simples) já surgissem com características básicas vitais: reprodução, transmissão dos caracteres aos descendentes (DNA, RNA), digestão e autodefesa é um gigantesco problema para a teoria.

Ainda não se encontrou uma explicação que satisfatoriamente monte este intrincado quebra-cabeça.

Os cálculos matemáticos e estatísticos para as probabilidades do surgimento da vida ao acaso, das mutações como fatores de mudanças positivas, das variações cumulativas de espécies mais simples para espécies mais complexas, da adaptabilidade da Terra à vida mostram, na verdade, muitas improbabilidades. Segundo alguns matemáticos e estatísticos, algumas probabilidades de tão diminutas que são, chegam mesmo a ser consideradas como impossíveis. Como explicar a teoria por estes caminhos probabilísticos tortuosos sucessivos (e considerados impossíveis)?

Para alguns cientistas faltam evidências fósseis suficientes para se montar uma cadeia evolutiva significativa de diferentes espécies animais.

Os elos são frágeis e na maioria incompletos. Aqui voltamos ao famoso ‘elo perdido’. Bem, na verdade, a expressão deveria ser modificada para ‘milhões de elos perdidos’.

Segundo a teoria, o homem de Neandertal, bem como o homo erectus, eram mais aptos para a sobrevivência do que os diferentes grupos de símios, pois podiam construir ferramentas, se comunicar e estabelecer sociedades hierárquicas. Se estes antepassados do homem eram mais aptos que os diferentes grupos de símios, por que estes sobreviveram (mesmo sendo menos aptos) e estes antepassados do homem (Neandertal, Erectus), considerados elos evolutivos do 'homem', não sobreviveram (até hoje)? Mas a resposta já está pronta: os símios que vemos hoje são o resultado da evolução dos símios antigos. Simples, né?

O sistema de coagulação do sangue, o olho e a visão, o metabolismo das células, entre vários outros, possuem uma complexidade que não pode ser reduzida sem perder seu funcionamento e utilidade. É o que o cientista Michael Behe chama de “complexidade irredutível”. (3)

A seleção natural só consegue selecionar sistemas que já estão em funcionamento. Como sistemas biológicos não podem ser produzidos gradualmente, eles teriam de ter surgido de uma única vez, o que é um completo absurdo, seja pelos conhecimentos de ciência biológica e bioquímica, seja pela matemática e estatística.

Como explicar o surgimento ao acaso (no ser humano) da inteligência, razão, livre arbítrio, planejamento, sonhos, memória extensiva?

Como explicar a metafísica, o transcendental e o sobrenatural?

Como explicar a constante busca humana pelo desconhecido e superior? Como explicar a busca do divino nas civilizações antigas e modernas?

O neodarwinismo afirma que estas coisas são naturais no ser humano, mas não pertencem ao mundo da ciência e portanto não o fazem objeto de suas investigações.

Vamos ao BIG BANG. Como explicar o surgimento da 'matéria' inicial? Ela sempre existiu? Não tem origem? É preciso uma 'crença' na teoria para justificar o que não se pode explicar? Seria isso 'fé' na teoria?

Na observação do mundo natural, todas as coisas e seres deixados a esmo tendem a entropia, à degradação e a uma diminuição da complexidade e não o contrário. Mas a teoria afirma o contrário...

Referências:
(1) S. A. Bowring, J. P. Grotzinger, C. E. Isachsen, A. H. Knoll, S. M. Plechaty e P. Kolosov, "Calibrating Rates of Early Cambrian Evolution", Science 261 (1993):1293-1298; C. Zimer. "Fossils Give Glimpse of Old Mother Lamprey", Science 286 (1999):1064-1065.
(2) Citado por M. Nash, "When Life Exploded". Time 146 (1995)23:66-74.
(3) M. J. Behe, A Caixa Preta de Darwin: O Desafio da Bioquímica à Teoria da Evolução (Rio de Janeiro; Jorge Zahar Editor, 1997), pp. 50-51.
Site da Imagem: quodilbeta.blogspot.com

Pontinhos Pretos


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O sentido da vida


Os homens perdem saúde para ajuntar dinheiro e depois perdem dinheiro para recuperar a saúde...

Por relembrar continuamente os erros do passado e pensar ansiosamente no futuro, esquecem o presente...

Acabam não planejando bem o futuro, e nem se regozijando com as vitórias do passado, e assim não vivem as alegrias do presente...

Vivem como se nunca fossem morrer e no final, morrem como se nunca tivessem vivido.

Fonte da Imagem: http://lanochecalientedelverano.blogspot.com

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

É importante destacar

Tenho uma firme convicção de que há um propósito na natureza, de que há um desígnio e que há uma Inteligência Superior por trás de tudo o que veio a existir neste planeta.
Contudo, não acredito que temos todas as respostas.
Embora haja um número muito grande de questões difíceis para os evolucionistas do acaso, especialmente para aqueles que defendem o acaso 'cego', também há algumas questões difíceis para os criacionistas.
Porém, há que se ressaltar que os criacionistas aceitam a intervenção divina na história da humanidade, dos seres vivos, do planeta e do Universo. Esse não é o caso dos evolucionistas do acaso. Justamente por isso, muitas de suas teorias e afirmações estão abertas à críticas, pois além de não se sustentarem à luz da ciência moderna ou de uma análise puramente racional, ainda não contam com um suporte metafísico que supostamente as explicaria.
Mas...
Não posso e não tenho o direito de me dar o crédito da verdade e negar esse mesmo direito a eles.
Por isso devemos ter olhos de generosidade para com todos, pois nossos paradigmas moldam nossa visão de mundo. Será que muitas pessoas que agora criticamos, pensam daquela determinada forma apenas porque ainda não foram confrontados com modelos que julgam mais apropriados? Ou foram 'moldados' em seu pensamento por contextos e modelos hegemônicos? Seria o caso de minhas crenças?
Será que os outros creem assim porque não foram adequadamente bem tratados pelos seus oponentes?
A verdade é que, o que sabemos é uma gota, e o que não sabemos, um oceano.
Por isso mantenho minha mente aberta à verdade. Se ela apontar noutra direção, quero estar pronto e aberto para seguir por este caminho.
O bom senso e a sabedoria nos fazem dizer como Newton: "Sinto-me como uma criança a catar conchinhas na praia, enquanto o oceano da verdade jaz por descobrir diante de mim".

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Protéinas 1, Computadores 0


Apresento aqui uma tradução completa da reportagem publicada no The New York Times sobre as proteínas.

“No final de 1996, cientistas de todo o mundo, armados com seus melhores programas de computador, concorreram para solucionar um dos mais complexos problemas da biologia: como uma única proteína feita a partir de uma longa seqüência de aminoácidos, enrola-se sobre si mesma de tal forma que isso determine o papel que ela desempenhará na vida?

Proteínas são constituídas de 20 diferentes tipos de aminoácidos, seqüenciados juntos. Uma vez que as peças são montadas, a corda entrelaça-se como numa bobina, algo como um fio de telefone, ou até mesmo cachos em um emaranhado complexo - e tudo isso tem de acontecer antes da proteína começar a trabalhar na célula. Para os cientistas participantes do concurso, o desafio era o de começar com uma seqüência de aminoácidos e fazer aquilo que faz a natureza: dobrá-lo em forma definitiva.

O resultado, em poucas palavras, foi este: os computadores perderam, as proteínas venceram. De um modo peculiar, os cientistas ainda estão tentando entender como a natureza pode rápida e facilmente resolver um problema - como dobrar proteínas para a configuração adequada – que não pode ser resolvido e é mesmo impossível aos mais poderosos computadores e mentes humanas.

Conhecer a forma de proteínas é importante para a concepção de novos fármacos. Embora cientistas já aprenderam a seqüências de dezenas de milhares de proteínas, eles sabem as estruturas tridimensionais de apenas uma pequena fração delas. Indo diretamente a partir da seqüência correta para a geometria, equivaleria a nada mais, nada menos, que um verdadeiro renascimento bioquímico.

Nos últimos anos, porém, matemáticos vieram a crer que o problema geral de predizer como uma dada seqüência de aminoácidos irá dobrar-se é insolúvel. Seria o tipo de problema que eles chamam de ‘polinômio completo não determinístico’.

Um exemplo clássico deste problema é o itinerário de viajem de um vendedor: Dada uma lista de cidades, ele deverá encontrar o menor caminho para visitar todas. A única forma de resolver o problema é exatamente essa: tentar todos os possíveis itinerários para se chegar a elas. Mas à medida que o número de cidades aumenta, o tempo de processamento explode exponencialmente. Igualmente, como o número de aminoácidos numa cadeia de proteínas aumenta, o tempo necessário para calcular a sua configuração final cresce acima da esperança de resolvê-lo.

Os cientistas calcularam que, para resolver o problema do entrelaçamento tentando todas as possibilidades no caso de uma proteína de tamanho médio, feita a partir de 100 aminoácidos, o computador levaria 27 octilhões de anos.

Sem se dar conta deste problema, proteínas muito longas, compostas por milhares de aminoácidos, enrolam-se, ou melhor, entrelaçam-se sobre si mesmas em questão de minutos; outras mais curtas, com dezenas ou centenas de aminoácidos, enrolam-se numa forma específica em um segundo ou menos. As proteínas têm encontrado um atalho através do ultra gigantesco labirinto de possibilidades, e ambos, biólogos moleculares e cientistas estão se acabando tentando descobrir, mas ao que tudo indica, poderão morrer sem saber qual é esse atalho.

“Às vezes parece que entrelaçar uma proteína é um desses segredos ocultos, o qual não nos é acessível saber”, disse o Dr. Iosif Vaisman, um especialista em estrutura protéica na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill. Tal como afirmou o Dr. Ken A. Dill, um biofísico da Universidade da Califórnia em San Francisco: “o entrelaçamento das proteínas é para nós um problema, mas não para as proteínas”.

Os cientistas são obrigados a enfrentar perguntas sobre o próprio sentido da simulação ao utilizar seus computadores para desvendar o problema. Qual é a relação entre um modelo científico e a realidade que se destina a representar? Uma proteína pode ser pensada como um pequeno computador biológico realizando cálculos da maneira correta?

Os resultados decepcionantes do concurso foram notificados na segunda reunião sobre a avaliação crítica de técnicas de Proteína Estrutura Previsão, em dezembro de 1996, no Asilomar Conference Center, em Pacific Grove, na Califórnia.”

Fonte: The New York Times
http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9407E6DA103BF936A15750C0A961958260&partner=rssnyt&emc=rss

Fonte da Imagem: www.campusapps.fullerton.edu

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