Como manter a atenção de seus alunos e dos seus ouvintes
A questão da Atenção Concentrada dos estudantes e das pessoas como público ouvinte em geral
Frank Viana Carvalho
(Texto organizado e sequenciado por
Pâmela Danitza Lozano Carvalho)
1ª Interação
com Perguntas
A
primeira estratégia é sobre a interação com seu público. Imaginando a cena em
sua preleção, você já está falando há dez minutos, e tem consciência de que
alguns deles já estão no limite da atenção continuada. Você sabe que chegou a
hora de parar.
Você faz uma pausa e realiza perguntas. Para essa interação com o público, a sugestão é que as perguntas tenham níveis progressivos de dificuldade, que permitam a eles responder confortavelmente conforme o conteúdo seja transmitido. Dessa forma – utilizando perguntas fáceis, que exijam ‘sim’ ou ‘não’ como respostas –, você diminui a possibilidade de se sentirem inibidos para responder. Quando você parte para uma próxima etapa, um grau progressivo de dificuldade ou complexidade, você faz perguntas que exijam o “porquê” nas respostas. Ou ainda, que as respostas sejam seguidas de exemplos. Você pode também alternar entre perguntas que exijam respostas simples com outras que exijam respostas complexas. Ou outro caminho: em cada pergunta, diferentes possibilidades de resposta. Perguntas que possam ser respondidas através de "sim" ou "não" e que, em outras vezes, tenham que dizer o 'porquê' da resposta, ou que tenham que 'explicar' algo referente ao tema, ou ainda 'contar' alguma experiência. Utilizando perguntas, você quebra a sequência da apresentação expositiva e consegue uma forma diferente de interação com o grupo, e você pode retomar a sua fala/exposição.
Você faz uma pausa e realiza perguntas. Para essa interação com o público, a sugestão é que as perguntas tenham níveis progressivos de dificuldade, que permitam a eles responder confortavelmente conforme o conteúdo seja transmitido. Dessa forma – utilizando perguntas fáceis, que exijam ‘sim’ ou ‘não’ como respostas –, você diminui a possibilidade de se sentirem inibidos para responder. Quando você parte para uma próxima etapa, um grau progressivo de dificuldade ou complexidade, você faz perguntas que exijam o “porquê” nas respostas. Ou ainda, que as respostas sejam seguidas de exemplos. Você pode também alternar entre perguntas que exijam respostas simples com outras que exijam respostas complexas. Ou outro caminho: em cada pergunta, diferentes possibilidades de resposta. Perguntas que possam ser respondidas através de "sim" ou "não" e que, em outras vezes, tenham que dizer o 'porquê' da resposta, ou que tenham que 'explicar' algo referente ao tema, ou ainda 'contar' alguma experiência. Utilizando perguntas, você quebra a sequência da apresentação expositiva e consegue uma forma diferente de interação com o grupo, e você pode retomar a sua fala/exposição.
2ª Cinestésico-corporal – Grandes Movimentos
Um
segundo modo de interromper a exposição para resgatar com o seu público a
atenção e a concentração à sua fala, aula ou palestra, é fazer uma pausa e pedir
que façam alguns gestos ou movimentos
conjuntamente com você. Imagine a cena quando você para e pede: “- Por favor,
vamos parar tudo o que estamos fazendo agora, ficar de pé, e pés ligeiramente
separados, sigam junto comigo nestes movimentos...! {e você faz os movimentos}.
Sobre
esta ação corporal-cinestésica, vou dividir esses movimentos ou nomeá-los como
‘grandes movimentos’ e ‘pequenos movimentos’. Movimentos grandes dizem respeito a mover todo o corpo, movimentar-se como um
todo, e isso, além de ativar a circulação do sangue e a oxigenação do cérebro,
permite espairecer, esquecer e relaxar por alguns segundos antes de voltar à
atividade principal (ouvirem a exposição).
Alguns
exemplos de movimentos grandes em que você pode interromper a fala para pedir aos
ouvintes e retomar a atenção: ficar em pé, mudar de posição, esticar os braços,
bater palmas, interagirem entre si (ex.: abraços, mudar de lugar, cumprimentar), caminhar,
fazer alongamentos. Nesses movimentos com o corpo, é possível quebrar a
sequência, e novamente preparar o grupo para continuarem ouvindo sua
apresentação.
3ª Cinestésico-corporal – Pequenos Movimentos
3ª Cinestésico-corporal – Pequenos Movimentos
A
terceira sugestão diz respeito aos movimentos pequenos. Ao fazer uma pergunta, você
pode pedir a eles que levantem as mãos em sinal de resposta, ou façam um aceno
com a cabeça. É importante variar entre as diferentes propostas de voltar o
foco para a fala, a exposição. Essa alternância torna mais eficaz suas
interrupções com vistas à trazer a atenção de volta.
4ª
– Mudança de Referencial
A
quarta sugestão é a mudança de referencial – você como um referencial ou o referencial de um objeto. Se for mudar a si mesmo (você está lá na frente falando), comece a caminhar
(sala, auditório, palco, etc.). Ao te acompanharem com o olhar, os alunos mudam
também o referencial visual. Outras duas maneiras de mudar o referencial visual
são apontar um objeto inicialmente fora do alcance imediato da vista ou para a projeção específica de algo. A projeção, ou o slide também podem
funcionar, nesse caso como uma imagem onde você pode aponta, e isso leva a uma
mudança na referência visual do ouvinte. Você pode trazer um objeto para perto
de si, pegá-lo e manuseá-lo, falar sobre ele, e isso pode simplificar e ajudar
na exposição e mesmo uma explicação em variados contextos. Veja, ao fazer isso,
você interrompeu a sequência da fala expositiva e trouxe o grupo à atenção
novamente.
5ª
– Exemplos
A
quinta sugestão é dar exemplos – trabalhar exemplos claros e chamativos. Esses
exemplos podem vir da experiência pessoal ou de fatos relacionados ao tema
principal da preleção. O mais importante é que esses exemplos contextualizem o
tema para quem ouve, trazendo-os mais perto da realidade, do assunto, do tema,
do cotidiano. Portanto, a quinta sugestão parece mesmo um exercício de empatia.
Mas essa estratégia deve ser utilizada com cautela, pois pode ser que exemplos
excelentes para determinados ouvintes podem ser completamente desinteressantes
para outros.
6ª
– Exercícios de Concentração
A
sexta e última sugestão é a realização de exercícios de concentração que podem
ser divididos em exercícios cognitivos de relaxamento, concentração, imaginação,
meditação e foco. Futuramente pretendo dedicar uma postagem apenas para esses
exercícios. São vários exercícios que ajudam os alunos/ouvintes a aumentar a
concentração. Vou dar o exemplo de um simples e fácil exercício aqui nesse post.
Peça que os alunos/ouvintes fechem os olhos e te acompanhem em uma viagem. Com
os olhos fechados, você pede para que imaginem uma cena que você descreverá. Eles
terão que se desprender da realidade imediata para ingressar nesse novo
contexto descrito – é uma boa forma de iniciar os exercícios de meditação ou
imaginação fundamentais para a prática da concentração. No exemplo da viagem, o
local início da viagem, quando fecham os olhos, e o local do final da viagem,
no momento último antes de finalmente abrirem os olhos, é a própria
sala/auditório/local onde eles estão.
Veja também esse conteúdo no Youtube:
Como citar esse texto do Blog Filosofando:
Carvalho, Frank Viana. 06 (seis) Maneiras de Manter a Atenção dos Alunos em
Aulas Expositivas. Blog Filosofando. Disponível em: http://frankvcarvalho.blogspot.com/...
Data: __/___/__.
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