segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

CEFET-MG em Timóteo: As Metodologias Ativas e a Aprendizagem Cooperativa - A Revolução no Ensino

As Metodologias Ativas e a Aprendizagem Cooperativa - A Revolução no Ensino

Diante das perguntas, “Como ensinar mais e melhor aos nossos alunos? Como integrar conhecimentos, habilidades, competências e valores numa era tecnológica e digital? O que fazer para que o aluno aprenda a aprender, aprenda a fazer, aprenda a compartilhar e, sobretudo, aprenda a ser?”, apresentei uma palestra a partir das mais modernas propostas educacionais e dos grandes pensadores da educação, clássicos e contemporâneos, em uma cadência envolvente nas quais levei os participantes a várias sugestões e propostas de ensino e aprendizagem que englobam cooperação, competências, solidariedade, relações interpessoais, educação emocional e alta performance acadêmica.
Apresentei a mais moderna Metodologia de Ensino em aplicação nos Estados Unidos e na Europa. Eles viram como funcionam estratégias de ensino e aprendizagem e a organização da sala de aula em pequenos grupos que trabalham construindo o próprio conhecimento sob a orientação do professor e desenvolvendo várias habilidades de interação, aprendizado, motivação e cooperação e suas variadas estratégias de participação e aprendizagem. Descrevi  experiências aplicadas com sucesso onde o ganho acadêmico, a aprendizagem de habilidades e valores, e a performance individual superaram em grande escala e com grande vantagem os caminhos do ensino tradicional.
Foram destaques:
Ensinando Competências, Valores e Habilidades.
Promovendo a Cooperação e o Trabalho em Equipe na Equipe da Instituição.
Uma fantástica revolução na maneira de ensinar e de aprender.
Organizando os Grupos das Metodologias Ativas e Cooperação.
Aprendizagem Cooperativa e o aumento da performance acadêmica.
As Estratégias, Dinâmicas, Jogos e Modelos Ativos para a condução do processo de ensino e aprendizagem.
Como alcançar os elementos chaves: Interdependência Positiva, Responsabilidade Individual, Desenvolvimento de Habilidades, Participação Igualitária, Processamento e Dinâmica de Grupo e Interação Positiva entre os participantes.
Metodologias Correlacionadas.

Pesquisas e Estudos que comprovam a eficácia das Metodologias Ativas em contextos de Cooperação.

Professores Fabrício (organizador do evento) e Leonardo (Física e Laboratório de Astronomia)

Participantes da Secretaria de Educação de Timóteo




segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Palestra sobre Ética e Política no IFSP Campus São Paulo

Semana passada, na terça-feira, dia 17 de outubro, palestrei no Campus São Paulo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (Reitoria) para um grupo seleto de servidores e estudantes. Atenção, carinho e perguntas inteligentes marcaram a palestra e o debate sobre Ética e Política em torno das Vindiciae Contra Tyrannos... Agradecimentos ao Dr. Crounel Marins e ao Dtdo. Edson D'Ávila pelo convite, e a todos os presentes pela participação...



Parte do Grupo que assistiu a Palestra






domingo, 15 de outubro de 2017

Palestra na Universidade Federal do Estado de São Paulo - UNIFESP - Ética e Política - Vindiciae Contra Tyrannos

Na abertura da ‘Semana Especial da Filosofia – SOFIA’ na Universidade Federal do Estado de São Paulo, campus Guarulhos, agora em setembro de 2017, tive o privilégio de compartilhar ideias sobre Ética e Política relacionadas à minha mais recente obra. Meus agradecimentos a todos os participantes e à equipe organizadora.



Equipe Organizadora


domingo, 20 de agosto de 2017

Metodologias Ativas e Colaborativas - Workshop em Florianópolis - 2017




O WORKSHOP
Faça parte do novo e permita-se adentrar na vanguarda educacional ao conhecer as ‘Metodologias Ativas’, poderosas ferramentas de ensino e aprendizagem que, em ambientes de cooperação, promovem o aumento da performance acadêmica, a educação socioemocional, a capacidade de resolver problemas, a consciência crítica e construtiva, e o almejado desenvolvimento de habilidades, competências e valores.

QUANDO?
Data: 11 e 12 de setembro de 2017
Horário: 19h ás 22:00 (Carga horária de 6h)

FACILITAÇÃO.

Convidado Especial: Frank Viana
O Dr. Frank Viana Carvalho é autor de vários livros e artigos em educação e filosofia, e tem realizado pesquisas sobre modernas metodologias de ensino e o valor da cooperação nos ambientes educacionais e corporativos. É docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFSP), e realiza projetos em parceria com a Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e a Universidade Federal do Ceará (UFC - Projetos PACCE, PRECE e PEACE). Pedagogo e Filósofo, Especialista e Mestre em Educação, Mestre, Doutor e PhD em Filosofia, o Dr. Frank possui grande experiência no mundo da educação, onde atuou como docente e gestor, e realizou centenas de palestras e cursos em todas as regiões do Brasil. É um incansável pesquisador das modernas metodologias e traz ao Brasil o que há de mais moderno: as metodologias ativas na educação. Como membro do IASCE, coordena e participa de diversos projetos de Educação com Cooperação. Foi o representante do Brasil no Congresso Mundial de Aprendizagem Cooperativa na Dinamarca, onde lançou o livro “Trabalho em Equipe, Aprendizagem Cooperativa e Pedagogia da Cooperação”. (obra também lançada no Fórum Mundial de Educação Tecnológica (Olinda-Recife) e no Festival Internacional da Cooperação (FICOO, Atibaia). Foi coordenador e atualmente é membro do NAPNE (Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educativas Específicas) no IFSP, onde tem desempenhado papel ativo na pesquisa e desenvolvimento de estratégias de ensino para todos os níveis de ensino.

Leonardo Dutra Guedes
Graduado em Pedagogia pela UFSC e pós-graduado em Jogos Cooperativos pela UNIMONTE, de Santos (SP) e em Educação Transformadora pela Gente de Bem, de Curitiba (PR).. Atua como facilitador de Metodologias Colaborativas e de Práticas educativas transformadoras pela empresa Ecooa – Desenvolvimento Cooperativo. É co-fundador do Movimento Geração Mais Amor, voltado ao desenvolvimento de jovens em mobilização social. Em 2015 no Instituto Elos (SP) concluiu a formação “Guerreiros Sem Armas”. Leonardo sonha com um mundo mais colaborativo e melhor para todos, e acredita na importancia das ferramentas colaborativas e nas metodologias ativas para desenvolver ambientes transformadores na educação.

COMO FAZER SUA INSCRIÇÃO

Para GARANTIR sua vaga é necessário entrar em contato com:

leocooperacao@gmail.com ou por meio do whatsapp para o número (41) 99147-2451.

E seguir os procedimentos indicados!!! Vagas limitadas!!!

LANCHE DO INTERVALO
Queremos organizar de forma cooperativa o lanche que faremos durante o intervalo. Sendo assim, solicitamos que você traga algo delicioso e saudável que gostaria de compartilhar com o coletivo que estará presente.


CUIDANDO DO SEU CONFORTO
Sugerimos que você venha para o encontro trajando roupas que lhe proporcione melhor conforto e aproveitamento das atividades que iremos realizar juntos.


NOSSA EXPECTATIVA
Queremos proporcionar a você uma experiência fantástica de aprendizado e descoberta mergulhando no universo das Metodologias Ativas e da cooperação!

Agradecemos por sua escolha!

Cordialmente,

Léo Guedes.
(Líder da Equipe Organizadora)

Quer saber mais?
FAÇA CON-TATO>
Leonardo (41) 99147-2451

leocooperacao@gmail.com

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Palestrando Na OAB - SP

No dia 11 de julho palestrei na Ordem dos Advogados do Brasil, na sede em São Paulo na Praça da Sé. Muitas pessoas, atenção e carinho de todos e uma contribuição para o debate sobre a Cidadania, Política, Liberdade de Consciência e Liberdade Religiosa... Agradecimentos à Dra. Damaris Moura Kuo pelo convite, ao Dr. Samuel Gomes de Lima e aos dirigentes da OAB-SP...







segunda-feira, 19 de junho de 2017

O atual momento político, social e educacional do Brasil


Minha Filosofia e Reflexões sobre o atual momento político, social e educacional do Brasil

Uma visão das possibilidades da Educação no Brasil

Como filósofo e educador, é para mim inevitável ver a educação pelo prisma teleológico, da finalidade última e dos propósitos. A grande maioria dos educadores de nossa época tem se preocupado mais com a ação do que com o progresso, mais com os meios do que com os fins. São incapazes de avaliar as principais questões sobre o propósito. E infelizmente a formação, habilitação e capacitação profissional dos educadores, muitas vezes voltada unicamente aos conteúdos técnicos, raramente habilita-os para a solução deste problema. E a grande verdade é que poucos líderes educacionais estão genuinamente preocupados com os grandes temas educacionais porque eles não possuem ideias claras sobre o significado da educação. O foco excessivo nos métodos, a preocupação com os meios em detrimento dos fins, e a ênfase unilateral nas questões políticas e o equilíbrio orçamentário têm incapacitado vários líderes para o grande diálogo público sobre a finalidade e o propósito da educação. Há uma forte necessidade de preparação de nova linhagem de profissionais educadores que sejam capazes de enfatizar e manter o pensamento no propósito e de pensar sobre o que estão fazendo e por que estão fazendo. Será que são capazes de encarar as perguntas mais importantes da educação: “Por que educamos dessa forma? Com que propósito e finalidade? Que valores queremos de fato ensinar? Nossos alunos estarão integralmente preparados para os desafios da vida em sociedade?”
Há muitas possibilidades na educação brasileira e com as medidas e decisões inteligentes podemos sair do atraso e avançar muito em pouco tempo. Inicialmente é necessário ter clareza na formação e preparo dos docentes. São necessárias mudanças na formação dos professores, com ênfase em finalidade e propósito, competências e valores. Igualmente são necessários enfoques em modernas metodologias de ensino e currículos voltados ao perfil do egresso em consonância com as transformações e progresso da tecnologia da informação.
De igual forma, hoje há excessiva discussão sobre temas periféricos, sobre problemas e suas derivações e pouca ênfase nas propostas que trazem soluções que, em grande medida, já ocorrem em lugares específicos.
Por exemplo, temos várias escolas públicas que elevaram o aprendizado dos estudantes no interior do Ceará (Sobral), São Paulo (Itápolis) e de Santa Catarina (Joinville) com corretas medidas pedagógicas e metodológicas, a despeito de recursos financeiros reduzidos.
É preciso enfoque em ações práticas nas redes públicas de ensino, a semelhança do que já é feito em países como Finlândia e Dinamarca, onde as principais medidas não estão ligadas a recursos financeiros, mas práticas efetivas, tais como gestão do ensino e da aprendizagem por meio de projetos educacionais, protagonismo dos estudantes e educação centrada no aluno, que são fáceis de serem implementadas e adaptáveis aos contextos locais.
É necessário valorizar a carreira docente através de medidas concretas e progressivas: o aumento gradual do piso nacional do magistério; a obrigatoriedade do plano de carreira nos estados e municípios - atrelados à formação continuada, avaliação periódica e permanência na rede pública; incentivos inteligentes às redes e aos professores na promoção da aprendizagem dos estudantes.
A formação continuada dos docentes precisa e pode ser uma ferramenta de melhoria do IDEB, pois a contínua atualização em estratégias metodológicas, processos de avaliação e projetos educacionais têm feito a diferença em municípios que conseguiram melhorar os indicadores educacionais.
Enfim, as propostas e metas do PNE são alvos a serem buscados com diligência e é necessário pessoas de visão educacional, preparo técnico e conhecimento do sistema para fazê-las avançar.


O momento social e político e a polarização nas Redes Sociais
A sociedade brasileira contemporânea vive um momento de polarização e, em certa medida e em certos grupos, de radicalização. Não acredito que as redes sociais criaram esse clima, mas certamente elas potencializaram essas tendências, pois atuam como uma caixa de ressonância onde os algoritmos dessas plataformas envolvem, cercam e isolam os usuários de acordo com pessoas, ideias, modelos paradigmáticos, produtos e coisas que o programa interpreta como ligadas ou relacionadas à visão de mundo de cada pessoa em particular. Embora esses algoritmos passem por mudanças de tempos em tempos, elas cada vez mais enclausuram os usuários em bolhas ainda mais herméticas, onde os usuários e seus influenciadores, pensando falar para todos, falam somente aos seus pares próximos. O facebook, por exemplo, é uma bolha, uma caixa, uma caverna diria Platão. Será que dá para sair desta caverna e ver novamente o mundo real? Ou o mundo real transformou-se nessa caverna-bolha digital? Percebo que essa polarização da sociedade brasileira leva cada vez mais as pessoas a se sentirem perdidas com tanta agressividade que inundou as redes sociais. São posts que incentivam a polarização da sociedade ao invés do diálogo e da busca da harmonia. Sei que há muitas exceções. Contudo tudo isso parece uma corrida rumo ou em meio à insanidade. Talvez muitos, quiçá estejam todos enlouquecendo coletivamente. Neste momento vale a pergunta: Como nós, educadores, filósofos e outros pensadores podemos ajudar as pessoas a encontrarem caminhos de compreensão, progresso, tolerância e respeito ao outro, enquanto o mundo digital que elas frequentam as bombardeiam com posts cheios de palavras ou demonstrações de incompreensão e intolerância, ódio e radicalização, além de posts inúteis, fúteis ou 'nonsense'?
Ora, se o algoritmo da rede social de amizades, ou os grupos fechados de mensagens não têm sido capazes de conduzir as pessoas à uma sociedade harmoniosa, que preserve os valores que nos são tão caros ao mesmo tempo em que avança rumo ao futuro desconhecido, cabe-nos como pensadores do hoje e do amanhã apresentar caminhos construtivos e projetá-los de forma consciente nos espaços digitais. Cabe-nos também incentivar as pessoas a passar mais tempo fora dessa bolha digital e gastar seus talentos e recursos de forma positiva encontrando o outro em ações de ajuda ao próximo, solidariedade, compreensão e acolhimento. Ajudá-los a valorizar sua família, seus amigos, e dedicarem esforços na construção de uma sociedade mais justa e democrática, na realização de seus projetos e seus sonhos.


Minha Filosofia
Somos todos iguais e diferentes. Iguais enquanto seres humanos com nossos talentos e habilidades, virtudes e defeitos, forças e fraquezas. Diferentes em nossa personalidade, aptidão intelectual e caráter. Diferentes no reconhecimento das oportunidades e especialmente na capacidade de nos valermos delas. Mas estas diferenças não nos diminuem nem nos aumentam – elas devem nos aproximar, nos fazer olhar o próximo com compreensão e solidariedade.
Estou certo que o valor das pessoas não está nos seus talentos, na sua inteligência, forças, riquezas, poder, posição ou condição física. Mas com certeza na sua capacidade de ajudar os outros e a si mesmo a crescer como ser humano e entregar-se a causas nobres, de lutar por elas e de viver com entusiasmo. O valor de um homem também está diretamente ligado aos valores que ele humildemente abraça, buscando andar de acordo com os caminhos da virtude e do bem, aceitando que a vida é muito mais do que vemos, mais do que sabemos e mais do que sentimos.
Non est oppositio inter scientiam et fidem - Não existe oposição entre a ‘Ciência’ e a ‘Fé’, são complementares e necessárias. Não gosto de rótulos ao me definir, pois meu amor pela filosofia, pedagogia e teologia me fez buscar o melhor e mais sábio nos caminhos que percorri. Assim, minha filosofia de vida é fruto de minhas experiências, estudos, aprendizagens, e de minha herança e formação cristã: a vida é um dom divino especial.
Sou a favor da vida e contra o aborto - apoio a legislação hoje vigente sobre o tema. Sei que para muitos esse é um assunto delicado e sensível, e creio que há um leque de ações possíveis nessa área da saúde e da ética que devem ser continuamente estudadas, refletidas, analisadas e trabalhadas.
Acredito na meritocracia de forma equilibrada, pois tenho por certo que o peso da origem social influencia diretamente nas condições em que se pode aproveitar as oportunidades, pois mesmo nos países democráticos mais desenvolvidos, não há posições vantajosas para todos. Logo, deve haver um equilíbrio entre meritocracia e justiça social. Acredito que o sistema de cotas deva ser regulado por leis temporais, para a análise de sua efetividade de tempos em tempos. Nos Estados unidos, onde esse sistema nasceu, há estudos que comprovam que as cotas raciais beneficiaram a classe média negra, ao invés dos negros pobres[1]. Sou a favor de cotas sociais, e já fiz essa defesa em artigos publicados desde 2002[2]. Mas mesmo essas políticas também devem seguir critérios de orientação profissional e avaliação cíclica, para que não se transformem em políticas de cooptação dos desfavorecidos para apoio político partidário.


Ideologias?
Embora como educador e filósofo político, eu entenda as aflições e angústias dos idealizadores do projeto Escola sem Partido, não sou favorável às medidas por eles sugeridas. Numa análise contemporânea, em grande medida a Academia (Ensino Superior) se inclinou em direção às ideologias e dogmas da esquerda – isso não só no Brasil, mas em praticamente todo o mundo nas profissões ligadas às humanidades. E essa não é uma percepção intuitiva, é um fato já pesquisado e demonstrado empiricamente pelos pesquisadores americanos Neil Gross e Ethan Foss[3]. Com isso, parte da formação dos novos profissionais e, entre eles, dos docentes, pode ter sido influenciada por paradigmas unidirecionais e não plurais. É lógico que há docentes que confundem seu papel e, aproveitando da audiência cativa que o sistema escolar lhes oferece, agem como doutrinadores de vieses ideológicos que eles aceitaram como corretos, ao invés de, numa demonstração de competência e maturidade profissional, apresentarem pedagógica e didaticamente os vários pontos de vista e construções que constituem o pensamento humano. Seria uma utopia desejar que os docentes apresentem aos alunos os diversos lados das questões políticas, socioculturais e econômicas, abstendo-se de imporem a sua própria opinião aos alunos?
Aprofundando a questão, várias reflexões se colocam a partir desse momento nas duas principais perspectivas.
Será que existe de fato a figura do professor doutrinador? Se sim, surge a  pergunta: o que deve a sociedade fazer nesse caso? Permitir que esses docentes promovam em sala de aula seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias? Que constranjam, favoreçam ou prejudiquem alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas? Que façam propaganda político-partidária, ou incitem os estudantes a participar ou não de manifestações, atos públicos e passeatas – numa clara demonstração de correspondência ao viés ideológico do docente? Seriam essas questões válidas?
A despeito dessas questões, não acredito que criar uma lei é o caminho para estabelecer uma concepção plural de ensino. Essa medida seria inconstitucional, pois limita a pluralidade de ideias e liberdade de expressão e haveria uma contradição com o artigo 205 da Constituição Federal que estabelece a liberdade de ensinar e de aprender. Além disso, é subjetiva a análise do que é doutrinação ideológica, religiosa ou moral, haja vista a grande diversidade de pensamentos na sociedade moderna. Muito melhor seria a adoção de ações propositivas, isto é, ao invés de proibições às concepções ideológicas restritas e vinculadas a um determinado modelo, um claro incentivo a uma real pluralidade no ensino de ideias e concepções.
Isso posto, mesmo acreditando que este é um tema que mereça análise, há outros muito mais importantes que afligem o sistema educacional do nosso país. Por isso sou contra o 'Escola sem Partido'. Enfatizo, sou contra o projeto 'Escola sem Partido'.
Vale observar que meu ponto de vista é influenciado por minha formação e minha atuação como educador e gestor da educação, onde procuro ser reflexivo e ao mesmo tempo, objetivo, prático e pragmático. Prefiro o enfoque da solução. 
É válido considerar que a subjetividade presente na interpretação ou aplicação da proposta pensada por eles resultará no futuro em ações que representarão vigilância ou pressão sobre os docentes e isso não é bom, na verdade é péssimo. Afastará bons profissionais da carreira docente, num país que historicamente não valoriza os educadores. 
Voltando aos americanos Neil Gross e Ethan Foss, eles afirmam que é contraproducente a simples crítica e discordância da ação e influência dos esquerdistas na formação acadêmica, pois isso leva a se conseguir o contrário do que preveem seus críticos: o ensino superior se tornará ainda mais uma bolha da esquerda.
Vale a observação de que os bons docentes no limite de seus conhecimentos e atuação são sempre abrangentes em suas proposições.
Alguns que leem essa postagem dirão que existem maus profissionais na educação. Sim, mas vale lembrar que eles não pertencem a um único espectro ideológico. Como não existe vácuo ideológico, ideologias ocupam o lugar de outras ideologias e paradigmas se sucedem continuamente.

BNCC
Estamos em tempos de análise para aplicação dos trabalhos da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) no Ensino Fundamental e Médio. Sendo a base um documento de caráter normativo, ela define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. No caso do Ensino Fundamental, a construção permitiu um texto que contemple a formação de conceitos, procedimentos, valores e atitudes. E estamos também no momento de reflexões e análises sobre a BNCC do Ensino Médio. Sendo que o MEC e as autarquias públicas dirigem e coordenam essa discussão (MEC, CNE), porque não buscar uma discussão que também aborde as soluções, questionamentos, impasses e dilemas levantados pela excessiva ideologização no ensino? Nesse caso, cabe aos gestores públicos abrir espaços de discussão que são próprios da BNCC e colocar o problema, sugerir e ouvir sugestões. Seriam caminhos propositivos e não unidirecionais.


Educação Política?
O que ocorre em outras partes do planeta? Ao fazer parte do meu doutorado na França, meus  filhos estudaram no sistema público educacional francês. É muito interessante destacar que a França é amplamente reconhecida como um país plenamente democrático. O que muitos não sabem é que no Ensino Médio de lá existe uma disciplina com conteúdos que são espécie de somatória do que houve aqui em OSPB e Educação Moral e Cívica. Destaco esse ponto, porque OSPB (Organização Social e Política Brasileira) como disciplina foi proposta em 1962 pelo educador Anísio Teixeira, e Educação Moral e Cívica, proposta pelos governos militares. As duas conviveram lado a lado durante muitos anos. Não temos nada no currículo voltado especificamente a esta formação social e política. Mas sem dúvida, mais importante do que estabelecer uma nova disciplina ou conteúdos no currículo, devemos pensar qual o propósito e finalidade dessa inserção e seu significado na formação básica. Sendo que há uma clara tendência de estabelecer parâmetros de educação religiosa nas diretrizes curriculares, porque não termos também uma educação política e social?





[1] SOUZA, Jessé. A visibilidade da raça e a invisibilidade da classe. In: SOUZA, Jessé. (org). A invisibilidade da desigualdade brasileira. Belo Horizonte. Editora: UFMG, 2006.

[2] CARVALHO, Frank Viana. Cotas para os excluídos. Pátio Revista Pedagógica. Ano VI, nº 22 julho/agosto 2002. Editora Artes Médicas Sul Ltda.

[3] COHEN, Patricia. Professor Is a Label That Leans to the LeftThe New York Times. 17/01/2010. Uma versão deste artigo aparece impressa em 18 de janeiro de 2010, na página C1 da edição do The New York Times. A tradução literal: “Professor é um rótulo que se inclina para a esquerda”. 

terça-feira, 13 de junho de 2017

Motivando os Jovens do Centro de Desenvolvimento Social Padre Romão - Pedreira - São Paulo

Atendendo a um pedido da Prefeitura de São Paulo, fui palestrar no Centro de Desenvolvimento Social Padre Cícero Romão, no Bairro da Pedreira. Eles fazem um belo trabalho com a juventude nesta região da cidade. Falei para eles sobre “Automotivação na Vida Cotidiana, Acadêmica ou Profissional”, onde enfatizei a construção de saberes  interpessoais e desenvolvimento de competências de relacionamento e motivação.






Palestrando no FORLIR - Fórum de Liberdade Religiosa - Paulistana - IASD

No domingo, dia 11 de junho, fui convidado para falar sobre as Vindiciae contra Tyrannos e o Direito de Liberdade Religiosa. Foi uma ótima ocasião para apresentar brevemente os argumentos desenvolvidos pelos monarcômacos que fundamentaram o direito contratual das modernas democracias e pavimentaram o início do caminho da expressão da fé como um direito legalmente constituído. Estiveram presentes líderes da Liberdade Religiosa da ABLIRC e da IASD (estado de São Paulo). Na ocasião, foi confirmada a liderança do Dr. Samuel Gomes de Lima (presidente da ABLIRC) como Secretário Geral do FORFIR.




domingo, 4 de junho de 2017

UNASP - As Vindiciae Contra Tyrannos e o Direito de Expressão da Fé

Este ano marcam as comemorações dos 500 anos da Reforma Protestante e vários eventos ligados ao tema têm sido realizados em nosso país. Aproveitando o ensejo e a temática, palestrei e lancei em 04 de maio as“Vindiciae Contra Tyrannos - O Direito de Resistir” no UNASP, campus Engenheiro Coelho. Nesta palestra o destaque foi a questão da origem do conceito de Liberdade Religiosa e a conquista deste direito no mundo ocidental.


Alunos dos Cursos de Direito e História assistiram e fizeram várias perguntas.

Professores Alessandro e Augusto Darius, meus anfitriões no UNASP-EC.


sábado, 20 de maio de 2017

Motivação, Inteligência e Autoconhecimento

Aconteceu nos dias 11, 12 e 13 de maio a XIV Semana de Negócios da Univel, com o tema “Inovar para crescer”. Recebi o convite e fui lá, compartilhar ideias e trabalhar temas motivacionais em sua relação com a ciência, com a filosofia e a educação. Uma recepção calorosa e momentos incríveis com os novos amigos do oeste do Paraná. Valeu Cascavel!!!



Link do Evento:
http://univel.br/institucional/imprensa/noticias/xiv-semana-de-negocios-univel

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Adquirindo ou comprando a obra Vindiciae Contra Tyrannos (língua portuguesa)

Para adquirir a obra Vindiciae (língua portuguesa)

Especificações: “Vindiciae Contra Tyrannos - O Direito de Resistir”, 463 págs., ISBN 978-85-9470-006-3, Discurso Editorial – USP, 2ª Edição, 17 x 24 cms. De R$ 118,00 por R$ 90,00 (promoção para Filósofos ou Pesquisadores até 31/12/2019).




Livraria Atelier do Saber
a) Calcular valor do frete (1 kg) utilizando o site do Correio (*) – Veja abaixo:
b) Realizar Depósito do Valor da Obra + Frete para a seguinte C/C: Banco do Brasil, Agência 0523-1, Conta Corrente 27020-2, Delly Danitza Lozano Carvalho.
c) Enviar Dados Completos para que seja completado o Pedido (1. Nome Completo, 2. Endereço completo e correto: logradouro, nº, bairro, cidade, estado, CEP; 3. Comprovante de Depósito ou Transferência do valor da obra + frete para o E-mail: atelierdosaber@hotmail.com
d) Em no máximo dois dias úteis após a confirmação do valor disponível na C/C acima citada, o livro será enviado pelo Correio, com Aviso de Recebimento.

(*) Informações para o Cálculo do Frete:
Caso você prefira, o valor do frete pode ser calculado para você. Para isso, basta enviar o seu endereço para o e-mail indicado.
Ou, calcule você mesmo seguindo as indicações abaixo:
CEP de Origem (Livraria Atelier): 18143-130
CEP de Destino: colocar o CEP do endereço de entrega do Livro.
Entre no link dos Correios para o Cálculo do Frete:
Para um cálculo simulado do frete, na página do Correio, colocar no CEP de origem o CEP da Livraria Atelier (18143-130) e no CEP de destino o seu CEP.

No item Serviço, para o Tipo de Serviço selecionar PAC, e mais abaixo selecionar Embalagem dos Correios, e na sequência Caixa de Encomenda Tipo 1 ou Tipo 7, Peso estimado, selecionar 1 (kg), e em Serviços Opcionais Selecionar Aviso de Recebimento. Lembre-se que é apenas uma simulação para saber o valor do frete. Feito isso, clique em enviar:


Até o final de Dezembro de 2019, a obra estará com desconto promocional, de R$ 118,00 por R$ 90,00 + frete.

Discurso Editorial
Para adquirir através da Discurso Editorial, entrar em contato com o Dr. Milton Meira do Nascimento, diretor da Discurso através do E-mail: milton@usp.br



quarta-feira, 19 de abril de 2017

O Jornal da USP e o Lançamento das Vindiciae contra Tyrannos

O Jornal da USP deu amplo destaque para o Lançamento da obra Vindiciae...


Imagem publicada na edição brasileira de Vindiciae Contra Tyrannos – Foto: Reprodução

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“Assim como os reis são constituídos pelo povo, parece definitivamente resultar que todo o povo é mais poderoso que o rei. Pois tal é a força do mundo: aquele que é constituído por outro é mantido como menor, e aquele que recebe sua autoridade de outro é inferior ao seu designador.”

A edição brasileira de Vindiciae Contra Tyrannos, publicada pela Discurso Editorial – Foto: Reprodução

Esse é um dos vários argumentos contra o poder real desferidos pelo livro Vindiciae Contra Tyrannos – O Direito de Resistir, publicado em 1579, na Basileia, e lançado pela primeira vez no Brasil, em março passado, pela Editora Discurso – ligada à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Publicado sob o pseudônimo de Stephanus Junius Brutus, o livro surgiu no contexto das Guerras de Religião na França, no século 16, deflagradas pelo chamado Massacre da Noite de São Bartolomeu –  conflito iniciado em 23 de agosto de 1572, em Paris, em que milhares de protestantes foram mortos por católicos incitados pela família real, que era católica.
A edição brasileira é resultado de quase duas décadas de trabalho do professor Frank Viana Carvalho, que se dedicou a traduzir e analisar a obra nos cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado em Filosofia, concluídos na FFLCH. “É o coroamento de um longo processo de pesquisa sobre o movimento de um grupo de intelectuais de tradição protestante chamados de monarcômanos e que se destacaram na França no período das Guerras de Religião, principalmente no final do século 16”, escreve no prefácio da edição o professor Milton Meira do Nascimento, do Departamento de Filosofia da FFLCH.
Ao lado da tradução para o português, a edição brasileira de Vindiciae Contra Tyrannos traz vários textos de Frank Carvalho, em que o professor mostra o contexto histórico em que a obra surgiu, analisa cada parte do livro e aborda outros textos antiabsolutistas do período. Além disso, traz um estudo em que Carvalho defende que o verdadeiro autor do livro, escondido sob o pseudônimo de Stephanus Junius Brutus, é Philippe de Mornay, diplomata, político, jurista e teólogo protestante. “Pode parecer pretensioso, mas nossa busca nos direciona a uma conclusão: tudo indica que Philippe Du Plessis-Mornay foi o autor principal das Vindiciae Contra Tyrannos e, na perspectiva moderna, ele deve ser considerado como o autor da prestigiada obra”, escreve Carvalho.


A França no século 16: local de conflitos religiosos – Foto: Reprodução

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Antimaquiavelismo



Imagem publicada em Vindiciae Contra Tyrannos: guerras religiosas – Foto: Reprodução

Vindiciae Contra Tyrannos está dividido em quatro partes, cada uma delas dedicada a investigar uma questão. A primeira parte discute a questão “Se os súditos estão destinados ou devem obedecer aos príncipes que ordenam qualquer coisa contra a lei de Deus”. Na segunda parte, trata-se de analisar se é lícito resistir a um príncipe que deseja cancelar a lei de Deus e assolar a igreja. Já a terceira parte, a mais extensa, se dedica à questão “Se, e em que extensão, é lícito resistir a um príncipe que está arruinando a comunidade – também por quem, como e por que direito isso pode ser permitido”. Finalmente, na quarta parte é debatido se os príncipes vizinhos podem prestar assistência aos súditos de outros príncipes que estejam sendo perseguidos por causa da religião.
“Buscando apresentar as ideias estabelecidas nas Vindiciae como um padrão para os soberanos, ele busca mostrar claramente qual é e qual deve ser o direito e o dever do príncipe em relação ao povo e deste em relação ao príncipe, e que esses deveres mútuos e recíprocos são distintos uns dos outros”, analisa Frank Carvalho. “Além de ser um tratado antimaquiaveliano, Mornay apresentará aos seus leitores uma nova proposta política, inteiramente construída numa base pactual.”


Frank Viana Carvalho, tradutor e editor da obra – Foto: Reprodução

De acordo com Carvalho, o antimaquiavelismo aparece desde o início do livro. Ali, o autor das Vindiciae afirma que sua obra se volta contra os “conselhos viciosos e doutrinas falsas de Nicolau Maquiavel”, identificado como causador de muitos males para a sociedade. “Maquiavel era um autor conhecido na segunda metade do século 16 e certamente influenciou vários líderes na arte de governar”, afirma o professor. “Ora, se a literatura de Maquiavel alcançou e influenciou príncipes e nobres, o autor das Vindiciae espera também influenciá-los.”
Carvalho aponta outras diferenças entre o autor das Vindiciae e Maquiavel. “Se O Príncipe dava ênfase ao uso que se faz do poder, as Vindiciae enfatizam o poder como um cumprimento de obrigações pactuais ou contratadas. Ao passo que Maquiavel argumenta, numa passagem célebre, que, se um príncipe não pode ser nem amado nem temido, então é muito mais seguro ser temido do que amado, Mornay vai na outra direção: ‘Inversamente, não há nada mais apropriado para proteger os recursos do reino do que ser amado, porque a boa vontade é fiel na perpetuidade’.” E Carvalho observa: “Assim, indiretamente, um pouco aqui e ali, ele vai contradizendo o florentino ao construir sua proposta antiabsolutista”.
Vindiciae Contra Tyrannos – O Direito de Resistir, de Stephanus Junius Brutus, tradução, comentários e edição de Frank Viana Carvalho, Discurso Editorial, 463 páginas.

Fonte:
https://jornal.usp.br/cultura/editora-discurso-lanca-obra-classica-contra-o-absolutismo/

Política e Ética - Simpósio no IFSP campus São Roque

Uma boa ocasião para refletir sobre a Política atual à luz das Vindiciae foi o Simpósio de Ética e Política Contemporânea realizado no Instituto Federal de São Roque no dia 18 de abril de 2017. Palestrantes: Dr. Rogério de Souza Silva, Dr. Sandro Heleno Morais Zarpelão e Dr. Frank Viana Carvalho.
Agradecimentos a todos os participantes, pela atenção, interação, perguntas e carinho para com os palestrantes. Foi de fato um evento que enriqueceu a cultura acadêmica e cidadã no campus do  IFSP São Roque. O evento foi aprovado e recomendado pela Coordenaria de Extensão do Instituto.




















Dr. Rogério de Souza Silva. Professor do IFSP SRQ. Graduado e Mestre em Ciências Sociais pela UNESP e Doutor em Sociologia pela UNICAMP. É autor da obra “Cultura e violência: autores, polêmicas e contribuições da Literatura Marginal” (Annablume Editora, 2011).
Dr. Sandro Heleno Moraes Zarpelão. Professor do IFSP SRQ. Bacharel em Direito e em História (UEL, Londrina), Mestre em História (UEM, Maringá) e Doutorando em História Social pela USP.

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