segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Enfrentando a Crise

Hoje é 7 de Setembro, uma data especial para nosso país. Parabéns a todos os brasileiros! Entretanto, lamentavelmente não estamos vivendo o melhor dos momentos da história recente do Brasil. Sim, estamos bem no meio de uma crise econômica e política.
Resolvi então dar a minha contribuição para os dilemas reais que estamos vivendo, sem partidarismos e torcidas, sem acusações ou ofensas, enfocando nos fatos e refletindo sobre o que pode ser feito neste momento. O que ofereço é uma análise com uma série de perguntas. A ênfase na análise abaixo é econômica e não política:
O cobertor sempre foi curto - o dinheiro dos impostos nunca foi suficiente para atender a TODAS as demandas - e ficou mais curto ainda com a crise e a consequente diminuição do ritmo da economia: menor arrecadação de impostos, menos dinheiro no caixa do governo.
É hora de cortar custos. Quais cortes reais de custos o governo fez e pode fazer? Quais cortes são acertados ou equivocados? Cortar ministérios? Cortar dinheiro da educação e da saúde? Diminuir o número de cargos comissionados? Cortar programas sociais? Cortar um pouco em cada ministério, autarquias e programas?
É hora de aumentar o caixa do governo. O que o governo fez e pode fazer para melhorar essa condição? Vender bens e imóveis da união? Aumentar a taxação sobre o lucro? Criar impostos e taxas para os Bancos? Criar impostos sobre as grandes fortunas? Cobrar com mais afinco os grandes devedores da União? Privatizar empresas do governo? Criar um imposto “provisório” para enfrentar a crise?
As desonerações do Governo Federal somaram mais de 300 bilhões de reais apenas nos anos do governo Dilma. Se consideradas até o final do seu mandato, chegarão a 485 bilhões. É muito dinheiro, ou seja: quase meio trilhão a menos no caixa do governo. Ficam as perguntas: Foi uma medida acertada insistir no caminho das desonerações? Sendo que essas desonerações significavam em média entre 1% e 5% do preço final dos produtos, houve de fato diferença para aumentar o consumo, ou a maioria dos consumidores compraria do mesmo jeito, com ou sem desoneração?
De acordo com o TCU, nos dois últimos anos o governo aumentou os gastos com os Programas Sociais sem ter dinheiro em caixa para isso. Será correto então ‘cortar’ esses gastos para fazer o acerto no caixa do governo? Fazer isso não aprofundará a crise entre os mais pobres, que são os que mais sentem o impacto nesses momentos de dificuldade?

É hora de sacrifícios para todos por causa dos erros de alguns. Isso não é novidade na história. A questão é: Será que de fato ‘TODOS’ vão pagar a conta? Ou algum grupo não pagará o preço da crise? Há privilegiados nessa história? Há algum grupo que NÃO pode pagar o preço ou TODOS têm que pagar neste momento?
É hora de olhar para a frente. É hora de relembrar como o país enfrentou e venceu as crises no passado. Quais projetos de desenvolvimento que potencializarão a economia? Quais projetos podem ser realizados em parceria com o setor privado?
É hora de soluções macroeconômicas. É hora da reforma tributária? Seria correto lançar títulos e bônus do governo para gerar mais caixa? Utilizar os mais de 300 bilhões das reservas cambiais para cobrir o caixa do governo?
É hora de preparar-se para o pós crise - sim, toda crise tem um fim. Como aumentar investimentos e a produtividade da economia brasileira? Como melhorar o ambiente de negócios no país? Como dar melhor treinamento e aparelhamento para a mão de obra nacional?

Enfim, é hora de refletir e tomar as decisões corretas para sair da crise. O caminho está diante de nós, resta decidir e avançar!

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