terça-feira, 27 de setembro de 2011

Immanuel Kant

Immanuel Kant (1724 - 1804) filósofo alemão (prussiano) é corretamente chamado de ‘príncipe dos filósofos’, o último grande filósofo dos princípios da era moderna. Pode parecer exagero, mas ele é indiscutivelmente um dos pensadores mais influentes da história e, sobretudo, da filosofia. Kant era conhecido por ser um homem metódico e de saúde frágil. Não se casou nem teve filhos, dedicando toda sua vida à elaboração de suas obras.


Depois de um longo período como professor secundário de geografia, começou em 1755 a carreira universitária ensinando Ciências Naturais. Em 1770 foi nomeado professor catedrático da Universidade de Königsberg, cidade da qual nunca saiu, levando uma vida monotonamente pontual e só dedicada aos estudos filosóficos.

Nesta época, após ler a obra de David Hume (um filósofo extremamente cético), Kant se viu forçado a contra argumentar, pois embora visse lógica nas ideias de Hume, julgou as conclusões dele equivocadas e inaceitáveis. Ao apresentar suas ideias, Kant disse que ‘despertou do sono dogmático’.

A partir de então, Kant operará na epistemologia uma síntese entre o racionalismo de René Descartes e o empirismo de John Locke. Mas Kant vai muito além, adentrando com profundidade na metafísica, epistemologia e axiologia.

Kant é hoje muito conhecido pela elaboração do denominado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori (aqueles que não vêm da experiência) para a experiência concreta do mundo, os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. A filosofia da natureza e da natureza humana de Kant é historicamente uma das mais determinantes fontes do relativismo conceitual que dominou a vida intelectual do século XX. No entanto, embora fonte, pelas muitas divergências, é quase certo que Kant rejeitasse o relativismo nas formas contemporâneas.

Ao estudar a questão do conhecimento, investigando seus limites, suas possibilidades e suas aplicações, Kant elaborou sua obra capital, a "Crítica da Razão Pura", publicada em 1781.

O filósofo também se ocupou do problema da moral. A "Crítica da Razão Prática", publicada em 1788, discute os princípios da ação moral, a ação do homem em relação aos outros e a conquista da felicidade. Na esfera ética e moral a contribuição de Kant se sobressai por não ser fundada na religião, mas na essência humana. "Age de maneira tal que a máxima de tua ação sempre possa valer como princípio de uma lei universal." É o que ele chamou de "imperativo categórico". Ao buscar fundamentar na razão os princípios gerais da ação humana, Kant elaborou as bases de toda a ética moderna.

Kant tornou-se um filósofo respeitado e conhecido. Contudo, devido às suas ideias sobre religião, foi proibido de escrever ou dar aulas sobre assuntos religiosos pelo rei Frederico Guilherme II, da Prússia, em 1792. Cinco anos depois, com a morte do rei, Kant viu-se desobrigado de obedecer à censura, publicando uma síntese de suas ideias religiosas em 1798.

Além de obras sobre o conhecimento, a moral e a religião, Kant escreveu várias obras sobre estética, sendo a mais importante a "Crítica da Faculdade de Julgar".

Síntese das Ideias Kantianas:
(1) Nós nascemos com um ‘equipamento’ ou ‘aparato’ corporal (bio-psico-físico) com capacidades e habilidades inatas (formas a priori);
(2) A mente processa e trabalha o conhecimento que nos vem através dos sentidos e das experiências. Nosso corpo e mente são limitados, mas temos a capacidade de analisar o conhecimento e potencializar nossas capacidades através de artefatos e máquinas.
(3) Quando o homem ousa pensar, saindo da menoridade, abre-se perante ele a possibilidade de seguir por sua própria razão, sem deixar-se enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias.
(4) Nossa ciência vê o mundo a partir de juízos analíticos (a priori - independem da experiência, são universais e necessários) e juízos sintéticos (a posteriori - resultam da experiência e são predicados e atributos não previamente contidos – e, por isso, privados e incertos).
(5) Se não sabemos as verdades sobre o mundo "como ele é em si", podemos saber com certeza um grande número de coisas sobre "o mundo como ele nos aparece”, como nós o percebemos.
(6) A Metafísica permanecerá como um princípio que rege o pensamento e a conduta humana. Com base nisso, ele afirmou:
"Duas coisas me enchem a alma de crescente admiração e respeito, quanto mais intensa e frequentemente o pensamento delas se ocupa: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim."

Fontes:
www.cobra.pages.nom.br/fmp-kant.htm

www.mundodosfilosofos.com.br/kant.htmEm cache - Similares
www.uoleducacao.uol.com.br/biografias/ult1789u350.jhtmEm cache - Similares

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