Obteve o grau e prestou concurso para ser professor universitário. Conseguiu ingressar na Universidade de Michigan, depois em Chicago e por fim na Universidade Columbia, em Nova York.
Bem cedo se moveu rumo ao pragmatismo. Juntamente com Peirce, foi o grande formulador dessa teoria filosófica que em muito influenciou a educação. De acordo com as teorias pragmatistas, sempre esteve envolvido num amplo espectro de atividades práticas, por exemplo, com grupos científicos, grupos políticos e na fundação de novos tipos de escola. Estava sempre tentando propagar suas idéias para uma audiência maior, e produziu muito jornalismo de alta qualidade, bem como vários livros.
Dewey tornou-se conhecido e influente internacionalmente. Fez palestras em Tóquio, Pequim e Nanquim, e empreendeu vistorias educacionais na Turquia, no México e na Rússia (na época União Soviética).
Quando a famosa História da Filosofia Ocidental de Bertrand Russell foi publicada em 1946, um único filósofo vivo mereceu um capítulo inteiro a seu respeito, e este foi John Dewey.
Sua produção de livros foi tão grande que a seleção é difícil, mas talvez o que dê a expressão mais concentrada de suas idéias centrais seja “Lógica: a teoria da inquirição” (1938). Seu livro mais popular tem sido A reconstrução em filosofia (1920), e o mais influente, “A escola e a sociedade” (1899).
Seu interesse por educação nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais.
Dewey via como um fato inescapável o de nossos maiores sucessos na aquisição de conhecimento, por vários séculos, terem sido nas ciências. Dois aspectos desse conhecimento se destacavam vigorosamente: a) ele é mais confiável do que nosso conhecimento em outros campos, e b) também é mais útil para nós no sentido de que causa mais diferença nas vidas reais que levamos. Como pragmatista, considerava o saber de todo tipo antes de mais nada como uma atividade humana e dessa perspectiva examinou o saber científico para ver se o que havia nele de tão especial em algo que pudesse ser adaptado aos outros tipos de saber.
Chegou à conclusão de que era. A ciência, acreditava Dewey, era uma forma altamente disciplinada e autocrítica de investigação, com uma estrutura lógica que poderia com vantagem ser adaptada à maioria das demais formas de investigação. Primeiro, sempre começamos por detectar uma dificuldade de algum tipo, assim nossa primeira exigência é enunciá-la claramente, em outras palavras: trabalhar na formulação de nosso problema. Esse processo pode ser difícil, e pode atravessar várias etapas. A segunda etapa é pensar numa possível solução para o problema. E a terceira é testar essa solução experimentalmente. Se nossa solução for refutada pelos testes, teremos de pensar de novo: mas se for experimentalmente confirmada, teremos resolvido o problema e podemos seguir adiante.
Dewey veio a considerar isso como o padrão subjacente desejável de toda investigação. É assim, acreditava ele, que nosso conhecimento e nossa competência poderiam crescer em todas as áreas - embora, é claro, os procedimentos particulares usados, o tipo de provas, os métodos de teste etc, diferissem nos diferentes campos. Uma vez que a crítica tem um papel essencial nisso, ele a considerava uma atividade inevitavelmente social. Isso o levou a ter grande inte¬resse nas instituições e em como funcionam.
Em tudo isso, sua visão pragmática se reafirmava: a) toda a realidade está em um constante estado de mudanças, pois a experiência humana aumenta continuamente; ora, o universo é dinâmico e está em um constante estado de mudança; b) logo, a verdade não é estática, eterna, mas substancialmente, aquilo que funciona; d) para se obter conhecimento e fundamentá-lo, devemos vivenciá-lo como experiência (seja na vida prática, seja em laboratório); mas esse conhecimento e seu valor estão ligados à sua utilidade; a utilidade e a validade de um conhecimento ou prática estão profundamente ligados ao valor que representa para a maioria (democracia).
Também se entremeou em sua concepção de democracia, com a qual estava profundamente comprometido, e sobre a qual escreveu muito. Sustentava que a educação das crianças devia basear-se nessa abordagem de solução de problemas - o que ele chamou de “aprender fazendo” -, porque ela combinava ser prático com tomar plena ciência da importância da teoria, e encorajava as crianças a serem imaginativas em ambos os níveis, e, sobretudo porque ela as treinava numa competência geral em todos os campos da atividade humana.
Fiel à causa democrática, ele participou de vários movimentos sociais. Criou uma universidade-exílio para acolher estudantes perseguidos em países de regime totalitário
Suas idéias sobre educação foram mundialmente influentes. No tempo em que começou a escrever a respeito, a educação era vista por quase toda pane como algo imposto pela disciplina estrita sobre uma criança recalcitrante, contra sua vontade. Os métodos propostos por Dewey de recrutar as energias naturais da criança para levar adiante o processo educacional tiveram efeitos extraordinários. Foi um dos primeiros grandes modernistas da Filosofia da educação, e quem sabe, o melhor de todos.
“É pelo exemplo que aprende a humanidade: não aprenderão em outra escola.”
"O professor que desperta entusiasmo em seus alunos conseguiu algo que nenhuma soma de métodos sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter"
"A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento"
John Dewey
Fontes:
biografias.netsaber.com.br/ver_biografia
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