Se TV não influenciasse o comportamento das pessoas, não haveria por parte dos anunciantes ações de merchandising (anúncios indiretos) e nem mesmo propagandas (anúncios diretos).
A grande verdade (que alguns profissionais da TV gostariam de negar) é que existem pesquisas suficientes feitas por renomadas instituições (Harvard, Unicamp e Cambridge, para citar apenas os estudos mais recentes) que i
ndicam claramente que a TV influencia o comportamento das pessoas na razão direta do tipo de programação e da quantidade de horas que se passa em frente ao aparelho.
Mas mesmo para quem não é ligado ao mundo das pesquisas acadêmicas, basta ver a influência da TV em coisas simples. Dou três exemplos: os nomes mais colocados nos bebês que nascem nos períodos das novelas que fazem sucesso; as roupas mais usadas (moda) pelas pessoas em determinados momentos e por último, os termos, expressões, apelidos, 'falas' e até comportamentos adotados pela população.
A última 'moda' em comportamento é 'ser 'piriguete' - (a internet é cruel na definição desse termo: "mulher fácil, que vai para baladas a procura de todos os tipos de homens, que se veste abusando dos decotes e cores, sexualmente vulgar e escandalosa, que normalmente adora perseguir homens de todos os tipos" - é verdade que essa é apenas uma das milhares de definições).
Fonte da Imagem: revistapontocom.org.br
2 comentários:
Olá.
Lendo seu texto fiquei pensando em alguns eventos que talvez possam acrescentar à reflexão sobre o tema, pois embora a tv tenha mesmo a capacidade de divulgar uma tendência, não creio que tenha tanto poder para produzí-la a curto prazo. O próprio caso das piriguetes não foi iniciado com a novela; já existia há anos e vinha crescendo, do Rio para os outros estados. Várias cantoras internacionais, mesmo que involuntariamente, também contribuíram para o fenômeno, como a Britney, Ammy, Lady Gaga e outras. Só quando já havia se tornado caricatura é que a piriguete ganhou a tela global e consolidou-se como conceito.
Um outro exemplo, diferente, foi com a questão dos homossexuais na telas. A mesma globo tentou introduzir o tema com a novela Torre de Babel anos antes das lésbicas se tornarem uma categoria consistente. A população horrorizada rechaçou completamente a idéia, forçando a globo a explodir o shopping (cenário importante da novela) e desfazer o casal de mulheres. Anos se passaram até que uma nova personagem pudesse aparecer de mãos dadas nas telas e antes de acontecer foi necessário lançar não do carisma dos travestis e gays donos de salão com os quais as donas de casa já estavam acostumadas.
Espero ter contribuído.
Abraços!
Olá, gostei do artigo. A comentarista Kátia G. falou algo que ao meu ver complementou o texto.Hoje em dia, nas palavras de alguém da Rede Globo (talvez para tentar justificar outras coisas) 'antigamente a TV induzia a fazer coisas, hoje as pessoas ou a massa induz os produtores de novela a fazer novelas para aquele público' e se não for com essas palavras é com esse significado.
Não sou totalmente de acordo com essas palavras, mas devo dizer que juntando uma coisa com a outra (comentário com outro) a visão é que cada lado tem 50% de colaboração nisso. Mas isso é só falando em novelas e público. E os jornais? E os filmes muito bem pensados antes de passar? Porque a Globo não passa os filmes brasileiros que ela mesmo produz no lugar destes norte-americanos? Pois bem, eu gostei e acho que a massa só é capaz de seguir a sementinha que a TV cria e a TV fala que está seguindo o que o povo quer e faz.
Postar um comentário