Alguns especialistas em comportamento animal, conservação e acreditam que as baleias são inteligentes o suficiente para receber as mesmas considerações éticas que os seres humanos, o que significa acabar com a caça, cativeiro e abuso. Por esta razão, eles apoiam a criação de uma Declaração sobre os Direitos de cetáceos.
"A ciência tem demonstrado que a auto-consciência (consciência de si mesmo) não é uma característica exclusiva do ser humano. Isso levanta todo tipo de desafios", disse a BBC Tom White, professor de ética na Loyola Marymount University em Los Angeles (EUA). Para boa parte dos especialistas, esta linha de pensamento permite concluir que, golfinhos e baleias, sendo como os humanos (mesmo não sendo humanos) são "pessoas" no sentido filosófico, o que tem implicações importantes.
A declaração dos direitos dos cetáceos estava planejada para maio de 2010 e nela os cetáceos têm direito à vida, não são obrigados a estar em cativeiro e ainda não podem sofrer abusos ou ser afastados do seu ambiente natural. Da mesma forma, não podem ter ‘donos’ (não podem ser possuídos).
A pesquisa mostrou, entre outras coisas, que os golfinhos, além de possuir grande inteligência, reconhecem a própria imagem no espelho, têm emoções e sentimentos.
Tudo isso é muito importante, conforme se deduz da Reunião (que não chegou a uma declaração) e das reportagens feitas sobre o assunto, mas infelizmente insuficiente para fazer parar a matança de golfinhos por parte dos portugueses (que admiram sua carne) e dos pescadores de atum (que não têm tido o devido cuidado com os golfinhos capturados por suas redes).
Mas certamente essas declarações derrubarão as ações nas bolsas de valores dos Parques Aquáticos americanos, pois seus principais atores, os golfinhos e as baleias (orcas) terão apoio de mais gente para largar o emprego, tirar férias vitalícias e voltar para casa (o mar).
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