Uma crítica muito forte que os evolucionistas costumam fazer aos criacionistas é sobre a intolerância da qual foi alvo Galileu Galilei e outros que defendiam idéias científicas não amparadas pela Igreja.
Como a história "é uma roda", o mesmo procedimento é agora adotado, alguns séculos depois, por quem...
Pela ciência!
Um biólogo que defendeu o criacionismo foi forçado a se demitir da 'prestigiada' Royal Society. Sim, é isso mesmo. Michael Reiss, diretor de educação da instituição havia defendido durante uma reunião de cientistas, a tolerância ao ensino do criacionismo nas escolas britânicas.
Com as repercussões de sua fala, ele foi forçado a dar esse passo porque seus colegas concluíram que sua fala havia prejudicado a reputação da entidade.
Veja o que diz o Jornal Estado de São Paulo:
"Em um discurso feito no Festival de Ciências realizado em Liverpool, Reiss havia dito que era contraproducente tirar das aulas de ciência as teorias que se contrapõem à evolução, com base no fato de que não têm validade científica.
De acordo com Reiss, os professores de Ciências não deveriam ver no criacionismo uma "idéia equivocada", e sim uma cosmovisão alternativa, em que acreditam muitas crianças que cresceram no seio de famílias cristãs ou muçulmanas.
O ganhador do Prêmio Nobel de Medicina Richard Roberts descreveu as opiniões de seu colega como "escandalosas" e escreveu uma carta ao presidente da Royal Society, Lorde Rees de Ludlow, exigindo a demissão de Reiss.
O ganhador do Nobel de Química Harry Koto, também membro da sociedade, escreveu por sua vez uma carta dizendo que já havia advertido para o perigo de manter um sacerdote como diretor de educação da instituição.
Com a polêmica instaurada, a Royal Society divulgou um comunicado dizendo que os comentários de Reiss, que havia falado na condição de dirigente da entidade, se prestavam facilmente a "interpretações erradas".
"Mesmo que não fosse essa sua intenção, houve dano à reputação da Society", diz o comunicado, que prossegue: "O criacionismo carece de base científica e não deveria ter parte no currículo de ciências. E se um jovem levanta a questão do criacionismo numa aula de ciência, os professores deveriam ser capazes de explicar que a evolução é uma teoria com sólida base científica e que esse não é o caso, de modo algum, com o criacionismo".
Uma nota adicional. O "Estado de São Paulo" e a "Folha de São Paulo" se limitaram a dar a notícia sem se posicionar. Já a Revista "Veja" deu total apoio à Royal Society, tratando o professor como alguém que merecia mais do que a expulsão da referida entidade.
Isso já vem acontecendo há um bom tempo no meio científico. E com o apoio da mídia. É a história se repetindo, apenas com os personagens invertidos. E com certeza não vai parar por aí.
Fonte: http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid243441,0.htm
Um comentário:
A história sempre foi e continuará sendo contada pelos vencedores, cuja influência e poder exercidos são suficientes para fazer prevalecer sua versão dos fatos, silenciando todas as demais.
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