domingo, 18 de setembro de 2016

Quanto tempo temos?

Quanto tempo temos?
Frank Viana Carvalho
Quanto tempo temos? Não muito, dirão alguns.
Mas temos muito tempo, se com ele realizamos
aquilo que é necessário e fundamental.
Mas o tempo é qualquer coisa que se corta num momento súbito,
quase sempre sem aviso.

O que são algumas horas, se o que queríamos eram três dias?
E o que significa um ano e meio se queríamos apenas seis meses?
O tempo é apenas tempo ou é o vento que corre em nossos cabelos?
Eu prefiro acreditar que o tempo é a água que escorre em nossas mãos...

A verdade é que não temos muito tempo
se a ele não dedicamos o melhor de nós mesmos.
Não temos tempo se corremos numa busca sem sentido,
se não colocamos no instante exato toda a nossa força,
nossos sentimentos, nosso valor e a nossa razão.

Reunidos, os homens inventaram o relógio e o calendário,
mas jamais atingirão ou conseguirão alcançar
com essas medidas o seu tempo, o meu tempo,
aquele que me pertence e aquele que é só seu.


Não podemos possuí-lo, mas podemos gastá-lo.
Não podemos guardá-lo, mas podemos usufrui-lo.
A gente continua vivendo em meio a um tempo conturbado,
perdendo tempo e contando o tempo.

Mas não seria mais sábio se,
ao invés de contar a nossa vida pelos dias, meses e anos,
contássemos pelos amigos, sorrisos, abraços e vitórias?
Diriam: Há quanto tempo você está aqui?
E nós responderíamos – trinta amigos, dez abraços,
duzentos sorrisos e milhares de vitórias.

Frank Viana Carvalho, em 27 de março de 2013

Fontes: Imagem do site www.ojovemeomundo.com
Poema de minha autoria (dedicado a diretora do IFSP na homenagem de despedida)

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