sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Inspirador - Regis Danese

Muito bonito!

O Tempo passa - E isso é Bom!

Visitando o YouTube busquei alguns vídeos 'da minha época' de adolescente. Revi o John Travolta e a Olívia Newton John. O legal é que estão disponíveis os dois vídeos (1978 e 2002). Dez!!!




E este é o segundo, anos depois.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pensamentos e Reflexões

Tenho postado no Facebook algumas máximas e pensamentos que admiro e que me servem de inspiração. Em realidade, tenho uma verdadeira coletânea em meus arquivos. A cada certa tempo, de acordo com a ocasião e circunstâncias, alguns deles parecem adquirir um significado adicional.
Gosto sempre de citar referências, ao dizer quem é o autor do pensamento em questão. Acho melhor assim. Quando estou navegando na internet, vejo que alguns pensamentos, por equívoco, são atribuídos a outros, que não os reais autores (referendados por citações de livros do próprio autor). Esse é um dos problemas da sociedade do conhecimento - é como se houvesse sempre a necessidade de 'autoridade' para dizer alguma coisa. Vê-se um pensamento bonito e, se ele for impactante, é só dizer que foi do... Albert Einstein, do Shakespeare, do Rousseau, e assim por diante. Na verdade, nossa preocupação deve ser apenas a de citar o autor - se ele é famoso ou não é apenas um detalhe.
Pessoalmente, acabei criando pensamentos e escrevendo textos onde comento ideias aproveitando citações, numa mescla de novas e antigas contribuições. Acho que isso é apenas um novo olhar, uma espécie de 'ensaio' pessoal.

Bem, após essas considerações, alguns pensamentos e reflexões.

O valor dos Educadores
Peter Drucker afirmou que o bem mais importante do mundo contemporâneo é o conhecimento. E que este conhecimento só tem de fato valor quando ele é compartilhado. E qual é o profissional que dedica a vida a compartilhar conhecimentos? Quem são as pessoas que estabelecem como alvo de sua vida ensinar e construir conhecimentos?

Essas são pessoas essenciais que o mundo muito necessita.
Finalizo dizendo que nunca antes tanta coisa esteve em jogo; nunca houve tantos resultados dependendo de uma geração como os que dependem dos que aparecem agora no cenário da educação. Parafraseando Winston Churchill, poderíamos afirmar que, “nunca tantos necessitaram tanto de tão poucos.” Quão grande é o desafio dos educadores.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Immanuel Kant

Immanuel Kant (1724 - 1804) filósofo alemão (prussiano) é corretamente chamado de ‘príncipe dos filósofos’, o último grande filósofo dos princípios da era moderna. Pode parecer exagero, mas ele é indiscutivelmente um dos pensadores mais influentes da história e, sobretudo, da filosofia. Kant era conhecido por ser um homem metódico e de saúde frágil. Não se casou nem teve filhos, dedicando toda sua vida à elaboração de suas obras.


Depois de um longo período como professor secundário de geografia, começou em 1755 a carreira universitária ensinando Ciências Naturais. Em 1770 foi nomeado professor catedrático da Universidade de Königsberg, cidade da qual nunca saiu, levando uma vida monotonamente pontual e só dedicada aos estudos filosóficos.

Nesta época, após ler a obra de David Hume (um filósofo extremamente cético), Kant se viu forçado a contra argumentar, pois embora visse lógica nas ideias de Hume, julgou as conclusões dele equivocadas e inaceitáveis. Ao apresentar suas ideias, Kant disse que ‘despertou do sono dogmático’.

A partir de então, Kant operará na epistemologia uma síntese entre o racionalismo de René Descartes e o empirismo de John Locke. Mas Kant vai muito além, adentrando com profundidade na metafísica, epistemologia e axiologia.

Kant é hoje muito conhecido pela elaboração do denominado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori (aqueles que não vêm da experiência) para a experiência concreta do mundo, os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. A filosofia da natureza e da natureza humana de Kant é historicamente uma das mais determinantes fontes do relativismo conceitual que dominou a vida intelectual do século XX. No entanto, embora fonte, pelas muitas divergências, é quase certo que Kant rejeitasse o relativismo nas formas contemporâneas.

Ao estudar a questão do conhecimento, investigando seus limites, suas possibilidades e suas aplicações, Kant elaborou sua obra capital, a "Crítica da Razão Pura", publicada em 1781.

O filósofo também se ocupou do problema da moral. A "Crítica da Razão Prática", publicada em 1788, discute os princípios da ação moral, a ação do homem em relação aos outros e a conquista da felicidade. Na esfera ética e moral a contribuição de Kant se sobressai por não ser fundada na religião, mas na essência humana. "Age de maneira tal que a máxima de tua ação sempre possa valer como princípio de uma lei universal." É o que ele chamou de "imperativo categórico". Ao buscar fundamentar na razão os princípios gerais da ação humana, Kant elaborou as bases de toda a ética moderna.

Kant tornou-se um filósofo respeitado e conhecido. Contudo, devido às suas ideias sobre religião, foi proibido de escrever ou dar aulas sobre assuntos religiosos pelo rei Frederico Guilherme II, da Prússia, em 1792. Cinco anos depois, com a morte do rei, Kant viu-se desobrigado de obedecer à censura, publicando uma síntese de suas ideias religiosas em 1798.

Além de obras sobre o conhecimento, a moral e a religião, Kant escreveu várias obras sobre estética, sendo a mais importante a "Crítica da Faculdade de Julgar".

Síntese das Ideias Kantianas:
(1) Nós nascemos com um ‘equipamento’ ou ‘aparato’ corporal (bio-psico-físico) com capacidades e habilidades inatas (formas a priori);
(2) A mente processa e trabalha o conhecimento que nos vem através dos sentidos e das experiências. Nosso corpo e mente são limitados, mas temos a capacidade de analisar o conhecimento e potencializar nossas capacidades através de artefatos e máquinas.
(3) Quando o homem ousa pensar, saindo da menoridade, abre-se perante ele a possibilidade de seguir por sua própria razão, sem deixar-se enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias.
(4) Nossa ciência vê o mundo a partir de juízos analíticos (a priori - independem da experiência, são universais e necessários) e juízos sintéticos (a posteriori - resultam da experiência e são predicados e atributos não previamente contidos – e, por isso, privados e incertos).
(5) Se não sabemos as verdades sobre o mundo "como ele é em si", podemos saber com certeza um grande número de coisas sobre "o mundo como ele nos aparece”, como nós o percebemos.
(6) A Metafísica permanecerá como um princípio que rege o pensamento e a conduta humana. Com base nisso, ele afirmou:
"Duas coisas me enchem a alma de crescente admiração e respeito, quanto mais intensa e frequentemente o pensamento delas se ocupa: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim."

Fontes:
www.cobra.pages.nom.br/fmp-kant.htm

www.mundodosfilosofos.com.br/kant.htmEm cache - Similares
www.uoleducacao.uol.com.br/biografias/ult1789u350.jhtmEm cache - Similares

John Locke - Empirismo - Tabula Rasa

John Locke (Obra e Contribuição – Síntese)

John Locke (1632 – 1704), filósofo inglês que estudou humanidades e interessou-se pelas ciências da natureza e pela medicina. Foi professor durante a maior parte de sua vida e através do ensino estabeleceu sua teoria empirista.

As teorias epistemológicas de Locke foram expostas em Essay Concerning Human Understanding (Ensaio sobre o conhecimento humano, 1690), no qual fundamentou o empirismo.

Ele negava radicalmente que existissem idéias inatas, tese defendida por Descartes. Quando se nasce, argumentava, a mente é uma página em branco (tabula rasa) que a experiência vai preenchendo. O conhecimento produz-se em duas etapas: a) a da sensação, proporcionada pelos sentidos, e b) a da reflexão, que sistematiza o resultado das sensações. Na educação, compilou uma série de preceitos sobre aprendizado e desenvolvimento, com base em sua experiência de médico e preceptor, que teve grande repercussão nas classes emergentes de seu tempo.

A grande e duradoura importância de Locke para a história do pensamento está no entrecruzamento de suas áreas de estudo (Filosofia, Política, Educação). Assim, a defesa da liberdade individual, que ocupa lugar central na doutrina política lockiana, encontra correspondência na prioridade que ele confere, no campo da educação, ao desenvolvimento de um pensamento próprio pela criança.

Suas investigações sobre o conhecimento o levaram a conceber um aprendizado coerente com sua mais famosa afirmação: a mente humana é tabula rasa, expressão latina análoga à idéia de uma tela em branco.

É por isso que, para Locke, o aprendizado depende primordialmente das informações e vivências às quais a criança é submetida e que ela absorve de modo relativamente previsível e passivo. É, portanto, um aprendizado de fora para dentro, ao contrário do que defenderam alguns pensadores de linha idealista, como Rousseau e Pestalozzi e a maioria dos teóricos da educação contemporâneos.

Ao negar o inatismo, contrariava o legado do filósofo mais influente da época, o francês René Descartes (1596-1650) - e o princípio de que todas as idéias nascem da experiência, estabelecendo na ciência moderna, o empirismo. A educação ganhava, desse modo, importância incontornável na formação da criança, uma vez que, sozinha, ela se encontra desprovida de matéria-prima para o raciocínio e sem orientação para adquiri-lo, estando fadada ao egocentrismo e à ignorância moral.

Apesar do valor que dava à racionalidade, Locke era cético quanto ao alcance da compreensão da mente. O objetivo de sua obra principal foi tentar determinar quais são os mecanismos e os limites da capacidade de apreensão do mundo pelo homem. Segundo o filósofo, como todo conhecimento advém, em última instância, dos sentidos, só se pode captar as coisas e os fenômenos em sua superfície, sendo impossível chegar a suas causas primordiais. Do material fornecido pelos sentidos nasceriam as idéias simples que, combinadas, formariam as mais complexas. O conhecimento não passaria de "concordância ou discordância entre as idéias".
Ensaio sobre o
Entendimento Humano

Para Locke, as crianças não são dotadas de motivação natural para o aprendizado. É necessário oferecer o conhecimento a elas de modo convidativo - mediante jogos, por exemplo. E, embora desse primazia teórica às sensações, não via nelas função didática: educar com prêmios e punições (para provocar prazer e mal-estar) seria manter os pequenos no estágio mais primário do entendimento humano. Levá-los a pensar faria com que rompessem a dependência dos sentidos. Embora não descartasse a possibilidade de castigos, inclusive corporais, Locke afirmava que seu uso poderia fazer com que as crianças se tornassem adultos frágeis e medrosos.

No livro Alguns Pensamentos Referentes à Educação, Locke afirma que "é possível levar, facilmente, a alma das crianças numa ou noutra direção, como a água". Formar um aluno, sob o aspecto intelectual ou moral, seria exclusivamente um resultado do trabalho das pessoas que os educam - pais e professores, a quem caberia sobretudo dar o exemplo de como pensar e se comportar, treinando a criança para agir adequadamente. O aprendizado deveria ser feito por meio de atividades. A idéia era que a criança, pelo hábito, acabaria por entender o que está fazendo. Para Locke, a educação ideal seria promovida em casa, por um preceptor, papel que ele próprio desempenhou para os filhos de alguns amigos.

Homem de fé, Locke já havia publicado anonimamente em 1689 sua Carta sobre a tolerância, a que se seguiram duas obras com o mesmo título e em inglês. Na obra, expõe sua convicção de que todos os sistemas religiosos correspondem a um substrato comum, espécie de religião natural, e de que as idéias religiosas só se podem assumir de forma livre, nunca por coação.

Fonte:
BOBBIO, Norberto. Locke e o Direito Natural. Editora UNB, Brasília, 1997.

LOCKE, John. Dois Tratados sobre o governo. Editora Martins Fontes, São Paulo, 1998.
___________. Ensaio acerca do Entendimento Humano (Série – Os Pensadores). Editora Nova Cultural, São Paulo, 1999.
___________. Essays on the Law of Nature, edição von Leyden, Oxfor, Clarendon Press, 1954
LASLETT, Peter. Comentários e Organização do Material introdutório aos Dois Tratados sobre o governo. Editora Martins Fontes, São Paulo, 1998.
MARTINS, Carlos Estevam e MONTEIRO, João Paulo. Comentários e Organização do Material introdutório ao Ensaio acerca do Entendimento Humano (Série – Os Pensadores). Editora Nova Cultural, São Paulo, 1999.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Incrível - Experimentos mostram que Neutrinos viajam mais rápido que a Luz e desafiam a Relatividade

Já escrevi aqui nesse site (blog) que há muitas coisas em nosso mundo físico que ainda estão por ser descobertas. Essa afirmação pode soar óbvia, mas a comunidade científica e a sociedade parecem viver sob o paradigma da negação dessa possibilidade.

Recentemente um experimento científico mostrou que o pensamento do filósofo Blaise Pascal está mais vivo do que nunca.

Partículas que viajam a uma Velocidade superior à da Luz

OPERA (Oscillation Project with Emulsion-tRacking Apparatus) é o nome do experimento que utiliza instalações localizadas a 1.400 metros de profundidade, no Laboratório Gran Sasso, na Itália.


O pesquisador Antonio Ereditato, da Universidade de Berna, na Suíça, liderou a pesquisa e após repetir diversas vezes a experiência, decidiu com sua equipe publicarem na conceituada revista Nature os resultados do estudo.

Como parte das várias experiências realizadas no Projeto OPERA, um detector ultra-sensível recebe um feixe de neutrinos disparado do laboratório CERN, na Suíça - onde está o LHC (maior acelerador de partículas do mundo) - que está localizado a mais de 730 quilômetros de distância.

Ora, já se sabia que os neutrinos viajam a velocidades próximas à da velocidade máxima possível (a velocidade da luz). Essas partículas existem em diversas variedades, e experimentos recentes demonstraram que elas são capazes de mudar de um tipo para outro.

No projeto de Antonio Ereditato, a ideia de preparar um feixe de um tipo de neutrinos (Múon), e enviá-los do laboratório de CERN (LHC), em Genebra, na Suíça, para o de Gran Sasso, na Itália, tinha o objetivo de observar quantos deles se transformavam em outro tipo de neutrino (Tau).

Procurando descobrir uma coisa, descobriram outra.

Após repetir o experimento mais de dez mil vezes, os pesquisadores concluíram que os neutrinos estavam chegando 60 nanossegundos antes do que deveriam. Surpresos, concluíram que isso só seria possível se eles estivessem viajando a uma velocidade maior do que a velocidade exata da luz (299.792.458 metros por segundo).

Preocupados com os resultados, pois isso contraria um dos pilares da Física Moderna (nenhuma partícula viaja em velocidade superior à velocidade da luz), os cientistas se cercaram de todos os equipamentos e precauções possíveis para repetir milhares de vezes o experimento.
CERN - Suíça

Utilizaram relógios atômicos (de precisão de bilionésimos de segundo), avançados sistemas de GPS e detectores supersensíveis para conseguir com isso reduzir a incerteza da distância percorrida pelos neutrinos. Ao fazê-lo, a redução foi da ordem de 20 centímetros - em relação aos 730 km do feixe.

Mas, mesmo com o tempo de chegada dos neutrinos medindo uma incerteza de 10 nanossegundos, ainda assim, os neutrinos estavam viajando mais rápido do que deveriam.

Assim, após dois anos de medições, inúmeras revisões e checagens e 15.000 (quinze mil) repetições do experimento, eles finalmente resolveram compartilhar sua possível descoberta com outros pesquisadores.

Diante do exposto, o cientista Antonino Zichichi afirmou à revista Nature, que novas hipóteses devem ser pesquisadas, entre elas (se os resultados forem confirmados por outros cientistas) a de que os neutrinos superluminais podem estar pegando atalhos por dimensões extras do espaço – algo previsto pela Teoria das Cordas.

Mas tanto Ereditato quanto o CERN são bem mais comedidos. "As medições do [Projeto] OPERA estão em desacordo com leis da natureza bem estabelecidas, embora a ciência muitas vezes progrida derrubando os paradigmas estabelecidos," diz a nota do CERN.
Laboratório de Gran Sasso

Albert Einstein, ao propor a Teoria da Relatividade havia estabelecido essa lei – a de que nada (nenhum corpo material) viaja mais rápido do que velocidade da luz. De fato, não têm faltado medições e estudos em busca de falhas ou "desvios" na teoria da relatividade de Einstein – todos sem sucesso. Ora, a ideia de que nada pode viajar mais rapidamente do que a luz é um pilar da teoria da relatividade especial, formulada por Einstein. E esta teoria está na base de toda a física moderna.

Estamos no limiar de uma nova física?

Ainda é cedo para se afirmar que isso derruba por terra um dos maiores postulados da teoria de Einstein, mas deixa o caminho aberto para novas pesquisas e hipóteses sobre as leis, fundamentos e funcionamento do Cosmo.
Em nota, a equipe do Laboratório CERN conclui: "As fortes restrições decorrentes dessas observações tornam improvável uma interpretação da medição do OPERA em termos da modificação da teoria de Einstein, o que nos dá motivos ainda mais fortes para buscar novas medições independentes".

Em tempo, Blaise Pascal (1623 - 1662) repetiu o que já fora afirmado por filósofos do passado e por Shakespeare: Há mais entre o céu e a terra do que pode imaginar a nossa vã filosofia.

Fontes:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=neutrinos-viajar-mais-rapido-luz&id=010130110923
Measurement of the neutrino velocity with the OPERA detector in the CNGS beam
OPERA ColaborationarXiv22 Sep 2011Vol.: arXiv:1109.4897v1
http://arxiv.org/abs/1109.4897
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/09/23/descoberta-que-contradiz-teoria-de-einstein-intriga-cientistas.jhtm

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

René Descartes - Penso, logo existo (cogito, ergo sum)

René Descartes (Obra e Contribuição – Síntese)

Matemático e filósofo francês, René Descartes (1596 - 1650), por vezes chamado de o fundador da filosofia moderna e o pai da matemática moderna, é considerado um dos pensadores mais influentes da história humana.

Em 1619, viajou para a Dinamarca, Polônia e Alemanha, onde, segundo a tradição, no dia 10 de novembro, teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico. Três anos depois retornou a França e passou os anos seguintes em Paris e em outras partes da Europa. Em 1628, Descartes, incentivado pelo cardeal De Bérulle, escreveu "Regras para a Direção do Espírito". Buscando tranqüilidade, partiu para os Países Baixos, onde viveu até 1649. Em 1629 começou a trabalhar em "Tratado do Mundo", uma obra de física. Mas em 1633, quando Galileu foi condenado pela igreja católica, Descartes não quis publicá-lo. Em 1635 nasceu sua filha ilegítima, Francine, que morreria em 1640.

Em 1637, publicou anonimamente "Discurso sobre o Método para Bem Conduzir a Razão a Buscar a Verdade Através da Ciência". Seu nome e suas teorias se tornaram conhecidos nos círculos ilustrados e sua afirmação "Penso, logo existo" (Cogito, ergo sum) tornou-se popular. Em 1641, surgiu sua obra mais conhecida: as "Meditações Sobre a Filosofia Primeira", com os primeiros seis conjuntos de "Objeções e Respostas".

Em 1643, a filosofia cartesiana foi condenada pela Universidade de Utrecht (Holanda) e ele, acusado de ateísmo, Descartes obteve a proteção do Príncipe de Orange. No ano seguinte, lançou "Princípios de Filosofia", um livro em grande parte dedicado à física, o qual ofereceu à princesa Elizabete da Boêmia, com quem mantinha correspondência. Uma cópia manuscrita do "Tratado das Paixões" foi enviada para a rainha Cristina da Suécia, através do embaixador francês. Frente a insistentes convites, Descartes foi para Estocolmo em 1649, com o objetivo de instruir a rainha de 23 anos em matemática e filosofia.O horário da aula era às cinco horas da manhã. No clima rigoroso, sua saúde deteriorou. Em fevereiro de 1650, ele contraiu pneumonia e, dez dias depois, morreu. Em 1667, depois de sua morte, a Igreja Católica Romana colocou suas obras no Índice de Livros Proibidos.

Descartes é considerado o primeiro filósofo moderno. A sua contribuição à epistemologia é essencial, assim como às ciências naturais por ter estabelecido um método que ajudou no seu desenvolvimento. Descartes criou, em suas obras Discurso sobre o método e Meditações - ambas escritas em francês, em lugar do latim, língua tradicionalmente utilizada nos textos eruditos de sua época - as bases da ciência contemporânea.

O método cartesiano consiste no Ceticismo Metodológico: duvida-se de cada idéia que não seja clara e distinta. Ao contrário dos gregos antigos e dos escolásticos, que acreditavam que as coisas existem simplesmente porque precisam existir, ou porque assim deve ser, Descartes instituiu a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que puder ser provado, sendo o ato de duvidar indubitável. Baseado nisso, Descartes busca provar a existência do próprio eu (que duvida, portanto, é sujeito de algo - cogito ergo sum, penso logo sou) e de Deus.

O seu método consiste de quatro regras básicas:

a) verificar se existem evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno ou coisa estudada;
b) analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas unidades mais simples e estudar essas coisas mais simples;
c) sintetizar, ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro;
d) enumerar todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento.

Em relação à Ciência, Descartes desenvolveu uma filosofia que influenciou muitos, até ser superada pela metodologia de Newton. Ele sustentava, por exemplo, que o universo era pleno e não poderia haver vácuo. Acreditava que a matéria não possuía qualidades secundárias inerentes, mas apenas qualidades primarias de extensão e movimento.

Ele dividia a realidade em res cogitans (consciência, mente) e res extensa (matéria). Acreditava também que Deus criou o universo como um perfeito mecanismo de moção vertical e que funcionava deterministicamente sem intervenção desde então.

Matemáticos consideram Descartes muito importante por sua descoberta da geometria analítica. Até Descartes, a geometria e a álgebra apareciam como ramos completamente separados da Matemática. Descartes mostrou como traduzir problemas de geometria para a álgebra, abordando esses problemas através de um sistema de coordenadas. A teoria de Descartes forneceu a base para o Cálculo de Newton e Leibniz, e então, para muito da matemática moderna. Isso parece ainda mais incrível tendo em mente que esse trabalho foi intencionado apenas como um exemplo no seu Discurso Sobre o Método.

Fonte:

João Amós Comenius - Jan Amos Komensky - Didactica Magna

João Amós Comenius (Obra e Contribuição – Síntese)

Comenius foi o criador da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII. Já naquele século, ele concebeu uma teoria humanista e espiritualista da formação do homem que resultou em propostas pedagógicas hoje consagradas ou tidas como muito avançadas.

Entre essas idéias, estavam: a) o respeito ao estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem, b) a construção do conhecimento através da experiência, da observação e da ação e c) uma educação sem punição mas com diálogo, exemplo e ambiente adequado.

Comenius pregava ainda (a) a necessidade da interdisciplinaridade, (b) da afetividade do educador e de (c) um ambiente escolar arejado, bonito, com espaço livre e ecológico.

Estão ainda entre as ações propostas pelo educador checo: (d) coerência de propósitos educacionais entre família e escola, (e) desenvolvimento do raciocínio lógico e do espírito científico e (f) a formação do homem religioso, social, político, racional, afetivo e moral.

A escola moderna muito deve a ele. As idéias de seriação, currículo e avaliação modernas estão ancoradas em suas primeiras premissas.

Jan Amos Komenský, nome original de Comenius (1592 – 1670) ficou órfão aos doze anos de idade. Sua educação básica não fugiu aos padrões da época: saber ler, escrever e contar, ensinamentos aprendidos num ambiente escolar rígido, sombrio, onde a figura do professor imperava e as crianças tratadas como pequenos adultos e os conteúdos escolares infalíveis e inquestionáveis. A rispidez no trato e a prática da palmatória eram elementos básicos da "didática" escolar vigente.

Mais tarde, após estudar Teologia e adquirir vasta formação e uma cultura enciclopédica, se estabelece em Prerov (atual República Tcheca) atuando no magistério, ansioso em colocar em prática as idéias pedagógicas trazidas da Universidade.

Modifica radicalmente a forma de ensinar artes e ciências em sua escola, destacando-se rapidamente como professor. Assume então o encargo de dirigir as escolas do Norte da Morávia. Para fugir de perseguições religiosas, refugiou-se em Leszno, na Polonia. A partir daí, e durante 42 anos, percorre a Europa trabalhando sem descanso pelo seu país e pelos projetos científicos e educacionais que o movem.

Alimenta e divulga o seu sonho reformista de, por meio da Pansophia, promover a harmonia entre os indivíduos e as nações. Desenvolve então suas principais idéias sobre educação e aprofunda um dos grandes problemas epistemológicos do seu tempo – que era o do método.

Publica em 1632 sua obra prima, a Didactica Magna, sempre buscando seus objetivos fundamentais "de uma reforma radical do conhecimento humano e da educação" – unidos e sistematizados numa ciência universal. Alguns amigos fizeram chegar o seu trabalho ao conhecimento de Luis de Geer, filantropo sueco de origem alemã. Foram esses mesmos amigos que publicaram uma obra sua, com o título Prodomus Pansophiae, livro esse que mereceu a atenção do próprio René Descartes.

Em 1641, vai para Londres com a missão de estabelecer algum entendimento entre o Rei e o Parlamento, e fundar um círculo de colaboração filosófica, que envolvia um projeto ainda mais ambicioso, o da reforma da sociedade humana através da educação. Aí permaneceu durante um ano. Recebe também convites para dirigir a educação na França e outro para ser presidente da entidade que viria a ser a Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Não aceita e em 1642 recebe um convite de Luís de Geer e do governo de Estocolmo para promover a reforma do sistema escolar da Suécia, onde permaneceu por seis anos.

Todos os pesquisadores são unânimes em apontar a Didacta Magna ou A Grande Didacta, como sendo sua obra-prima e sua maior contribuição para o pensamento educacional. Continuou a ter uma vida bastante atribulada e movimentada, produzindo cerca de 200 títulos, vindo a morrer no dia 15 de novembro de 1670, em Amsterdam.

Síntese das Propostas pedagógicas de Comenius:

a) o respeito ao estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem,
b) a construção do conhecimento através da experiência, da observação e da ação, e
c) uma educação sem punição, mas com diálogo, exemplo e ambiente adequado.
d) a necessidade da interdisciplinaridade, da afetividade do educador, e de um ambiente escolar arejado, bonito, com espaço livre e ecológico.
e) coerência de propósitos educacionais entre família e escola,
f) desenvolvimento do raciocínio lógico e do espírito científico, e
g) a formação do homem religioso, social, político, racional, afetivo e moral.
Fonte:

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Besouro-bombardeiro

O Incrível Besouro Bombardeiro


A expressão que cunhou o nome da espécie Brachynus Crepitans, Besouro-bombardeiro, foi escolhida pela forma peculiar como ele se comporta para se defender de seus predadores. Outro nome pelo qual ele é conhecido é Besouro-artilheiro. Não há um único tipo (ou espécie) de Besouro-bombardeiro, mas diversas.

O que o torna tão fascinante?

Este pequeno ser se defende de uma maneira muito singular. Seu corpo possui duas bolsas com substâncias químicas que explodem quando misturadas (peróxido de hidrogênio e hidroquinona), mas são benignas quando mantidas separadas. De uma maneira incrível, ele as mantém em seu corpo, como que preparado para o seu ‘ataque’ de defesa.

As substâncias precisam de um local para se misturar e provocar esta explosão. Como isso é um evidente perigo para esta criatura, o besouro possui um revestimento de amianto neste ‘recipiente interno’ onde os produtos químicos são misturados. Esse revestimento impede que a explosão química destrua o corpo do besouro ao ser lançada para fora.

Mas esta reação química não pode acontecer de forma completa, pois isso seria danoso ao besouro. Ou seja, o besouro explodiria pela reação que ele mesmo provocou. Há minúsculas e precisas válvulas internas que controlam a quantidade de substâncias químicas que são misturadas no ‘caldeirão’ (recipiente/bolsa de amianto) e ejetadas para fora.

Com certeza dá trabalho explicar como tudo isso se desenvolveu.

Uma criatura realmente impressionante. Sem comentários...

Fonte das Imagens:
www.agracadaquimica.com.br

A Trilha de Mogi-Bertioga

A Trilha de Mogi das Cruzes a Bertioga é uma das mais conhecidas dos trilheiros e montanhistas de São Paulo. Embora curta, é uma trilha muito íngreme e, por isso, muito difícil. Vários grupos já se perderam ao descer essa trilha, pois quando atingem o rio, atravessam-no sem antes passar pelo casarão.
As fotos abaixo mostram uma das minhas descidas mais fotografadas pelo grupo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Um pouco mais sobre Pesquisa Científica

O que é pesquisa?

(aula aos alunos da Graduação)

Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas.

Minayo (1993), vendo por um prisma mais filosófico, considera a pesquisa como “atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”.

Demo (1996) insere a pesquisa como atividade cotidiana considerando-a como uma atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”.

Quais os objetivos da Pesquisa?

 Contribuir com o avanço da ciência;
 responder a uma pergunta de interesse para a comunidade científica ainda não respondida anteriormente de relevância para o interesse social.

Assim, para o estudante da graduação, a parte mais difícil é definir o assunto da pesquisa.

Classificação das PESQUISAS

Existem várias formas de classificar as pesquisas. As formas clássicas de classificação são:

Básica (ou fundamental): objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista, sem finalidades imediatas. Envolve verdades e interesses universais. Os conhecimentos são utilizados em pesquisas aplicadas ou tecnológicas.

Aplicada (ou Tecnológica): objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.

Do ponto de vista da forma de abordagem do problema a pesquisa pode ser:

Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.). Resultados precisam ser replicados.

Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números.

A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

Do ponto de vista de seus objetivos (Gil, 1991) a pesquisa pode ser:

Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso.

Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento.

Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o “porquê” das coisas. Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental, e nas ciências sociais requer o uso do método observacional. Assume, em geral, a formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Expost-facto.

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos (Gil, 1991), a pesquisa pode ser:

Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet.

Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico.

Experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.

Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.

Expost-Facto: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos.

Pesquisa-Ação: quando concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.

Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas.

O Planejamento da PESQUISA

Pesquisa é a construção de conhecimento original de acordo com certas exigências Científicas. Para que seu estudo seja considerado científico você deve obedecer aos critérios de coerência, consistência, originalidade e objetivação. É desejável que uma pesquisa científica preencha os seguintes requisitos:
a) a existência de uma pergunta que se deseja responder;
b) a elaboração de um conjunto de passos que permitam chegar à resposta;
c) a indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida” (GOLDEMBERG, 1999).

O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de três fases:
Decisória: referente à escolha do tema, à definição e à delimitação do problema de pesquisa;
Construtiva: referente à construção de um plano de pesquisa e à execução da pesquisa propriamente dita;
Redacional: referente à análise dos dados e informações obtidas na fase construtiva. É a organização das idéias de forma sistematizada visando à elaboração do relatório final.

Fonte: http://www.guanis.org/metodologia/a_pesquisa_e_suas_classificacoes.pdf

7/7/77

O dia era sete de julho de 1977 e eu estava assentado na areia lá pelas duas da tarde na praia de Santa Mônica em Guarapari – ES.


A data é marcante para mim pelo que aconteceu neste dia. Eu havia recebido de presente uma bola de meu tio (Antonio é o nome desse tio, casado com a tia Rosa, irmã de minha mãe). Após o almoço, eles se deitaram para descansar – afinal, estavam de férias curtindo o litoral capixaba. Eu, um menino de onze anos, estava aflito e ansioso para experimentar meu novo presente com alguém que pudesse brincar comigo. Peguei a bola e fui para a praia, distante uns duzentos metros do apartamento (chalé) onde estávamos hospedados.
Praia de Santa Mônica em Guarapari - ES

Depois de observar o mar por vários minutos, comecei a chutar a bola na direção das ondas e em seguida, entrava no mar para buscá-la.

Quem conhece a praia naquela região, sabe que o mar ali não afunda abruptamente (pelo menos não nos primeiros metros) e eu fui entrando mais e mais, pois dava pé.

Cada vez eu chutava a bola mais distante em direção ao mar e ia atrás dela, até que foi necessário fazer isso nadando. Alcançando a bola, eu a abraçava e voltava batendo os pés até onde dava pé e ficava ali, como que descansando do esforço.

Voltava um pouco mais para o raso e repetia a experiência.

Mas o vento daquele horário soprava da costa para o mar e num chute bem forte, a bola, com a ajuda do vento, foi arremessada bem distante, em um ponto posterior ao da formação visível das ondas. E lá fui eu atrás da bola, nadando em um trecho que não dava pé. Depois de algum tempo nadando e vendo o vento levar a bola mais e mais, percebi que algo estava errado – eu não conseguia chegar aonde a bola estava. Mas eu me animava com a ideia de que ao alcançá-la, eu a abraçaria e teria forças para voltar até a praia. Quanto mais eu ia na direção dela, mais o vento a empurrava mar adentro.

Já me sentindo cansado, mas não querendo perder o presente precioso, resolvi ‘sentir’ a profundidade do mar naquele trecho. Parei de nadar e deixei o corpo magrelo afundar para tocar o fundo do mar.
Em foto do dia 07 de julho ao lado de minha tia e seu bebê

Então deixei meu corpo afundar e afundar, mas para minha surpresa e aflição, nada de sentir os pés tocando o fundo. Aqueles poucos segundos pareceram uma eternidade e desisti da ideia (de encostar os pés no fundo). Subi assustado e olhei em direção a bola – ela parecia estar ainda a uns cinco metros de distância e se afastando – e então olhei para a praia e me apavorei: eu a avistava muito distante e de fato ela estava.

Assustado, uns poucos segundos de indecisão ainda se passaram até que eu decidisse ‘desistir’ de tentar alcançar a bola.

Voltei temeroso e, por mais que me esforçasse, o cansaço já não me permitia nadar com força e velocidade. Senti medo de não conseguir e nadei o máximo que pude para evitar que me afogasse. Fiz meus últimos esforços e finalmente cheguei no trecho onde as ondas começavam a se formar. Isso renovou minhas forças e quando pude finalmente sentir que dava pé, caminhei quase sem forças para a praia onde praticamente caí no chão, sem forças.



Uma semana depois, já em casa.
 Mas as esperanças de ainda ver a bola voltar me fizeram assentar na areia e virar-me para o mar. Naquele momento vi que a bola era (agora) apenas um pequenino ponto branco se afastando mais e mais até que sumiu.

Quando voltei ao apartamento e contei aos meus tios o que havia acontecido, eles empalideceram. Sabiam que, por muito pouco, eu não tinha morrido naquele dia.


Dali em diante, não passou um único dia sete de julho sem que eu não relembrasse da minha traumática experiência. Em tempo – não sou místico e realmente não sei explicar essa coincidência (07/07/1977 ou 7/7/
77).

O DNA e seu Campo Eletromagnético

Algumas coisas na Natureza são intrigantes e ainda não temos respostas para elas.

Os doutores Vladimir Poponin, biólogo quântico e Peter Gariaev, biofísico e biólogo molecular, ambos russos, realizaram pesquisas com fótons e com DNA e chegaram a resultados surpreendentes. Após as pesquisas, Poponin descreveu-as para a Academia de Ciências da Rússia.

Peter Gariaev

Foi utilizada uma câmara de vácuo para suas experiências. Após certificar-se do completo esvaziamento da câmara (todo o ar é retirado), tem-se uma área ou campo de vácuo. Em palavras simples é um recipiente com um vácuo dentro dele.

A única coisa que resta dentro dessa câmara de vácuo são os fótons (partículas de luz).

Com um instrumento bastante sofisticado, o Espectômetro a Laser de Correlação de Fótons (LPCS em inglês), foi estudada a distribuição dos fótons na câmara de vácuo.

Como previsto em sua hipótese (e esperado pela lógica), Poponin observou que os fótons estavam distribuídos de forma desordenada e aleatória dentro daquele recipiente (câmara de vácuo).

Com cuidado, foram introduzidas dentro da câmara moléculas de DNA humano. O que aconteceu em seguida foi uma surpresa para Poponin e Gariaev.

Os fótons abandonaram seu estado caótico e se organizaram – ao que tudo indica, segundo Poponin, eles pareciam estar seguindo um campo de energia que emanava do DNA que ali fora introduzido.

Poponin foi além e afirmou que a(s) molécula(s) de DNA (matéria – substância física) exerce(m) influência na estrutura energética que está à sua volta.

Dando continuidade a sua experiência, cuidadosamente foram retiradas as moléculas de DNA da câmara de vácuo. Nesse momento, veio a segunda surpresa para o cientista russo.


Contrariando sua hipótese, os fótons mantiveram a nova forma de organização. Poponin e Gariaev esperavam que os fótons voltassem ao estado aleatório e caótico de antes, mas isso não aconteceu.

Era como se o DNA ainda estivesse ali, influenciando o novo posicionamento dos fótons.

A experiência foi então repetida, não só pela dupla, mas por outros cientistas utilizando os mesmos procedimentos metodológicos. Como os resultados se repetiram em outros laboratórios e mesmo em outros países, sem encontrar uma ‘resposta’ ou explicação para o fenômeno, os cientistas apelidaram a experiência de DNA Fantasma.

As fontes são diversas:

Como artigo científico: http://www.journaloftheoretics.com/Articles/2-5/benford.htm (1 of 6) [12/4/2000 9:18:08 AM]
Site Russo: http://www.sunhome.ru/books/b.znachitelnye_otkrytiya_russkih_uchenyh_v_oblasti_dnk/2

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Como Escrever um Artigo Científico - Parte 1

Como escrever um artigo científico

Dr. Frank Viana Carvalho (1)

Nas várias obras de Metodologia do Trabalho Científico há algumas dicas de como escrever uma tese, uma dissertação ou uma monografia. Em poucas obras há sugestões e orientações sobre como escrever um artigo científico.

Primeiramente você deve ter em mente as diferenças entre um simples artigo de revista ou jornal e um artigo científico. De forma geral, estes artigos ‘simples’ aparecem em revistas que não têm caráter científico. São revistas de várias categorias com maior ou menor seriedade em suas abordagens e é claro, têm também sua validade: tratam de temas gerais, tem apenas caráter informativo, são relativas a entretenimento, mostram opiniões de comentaristas, apresentam produtos e serviços e, em geral, possuem seção de propagandas e anunciantes.

Por outro lado, as revistas científicas apresentam, via de regra, alguns formatos básicos em seus artigos, podendo ter mais ou menos as seguintes características:
- Título que evoca uma pesquisa ou um aprofundamento em algum tema.
- Apresentação do autor do artigo com sua formação e área de atuação.
- Resumo em duas línguas (a segunda língua em geral é o inglês).
- Palavras-chave (às vezes em dois idiomas).
- Divisão do artigo com subtítulos.
- Citações de outros autores ou pesquisadores que tratam do mesmo tema.
- Padrão de formatação (fontes, recuos, espaçamentos).
- Notas explicativas, notas de rodapé e notas de fim.
- Referências Bibliográficas e Fontes de Pesquisa.

Ainda outros itens poderiam ser acrescentados a essa lista (direcionamento a um público alvo específico, acessibilidade apenas aos iniciados, linguagem culta ou de caráter científico, tabelas, gráficos, imagens numeradas, análise criteriosa dos dados, conclusões da(s) pesquisa(s), apresentação das hipóteses, objetivos, materiais utilizados, metodologia utilizada), mas de maneira geral é fácil distinguir um artigo científico de um não científico.

Construindo um artigo Científico

Uma vez escolhido o tema, o título terá seu formato definitivo após a finalização do artigo. Ele deve ser curto, objetivo, que evoque ao tema e que seja claramente relacionado ao conjunto do artigo.

Apresentação do(s) autor(es). Observe que as revistas seguem um padrão – nome, titulação e área de atuação. Apresentações maiores ou muito descritivas podem soar pedantes.

Resumo e Abstract. Feito de forma clara e objetiva levará o leitor a buscar no artigo exatamente o que se apresenta no resumo. É necessário resumir os tópicos principais do artigo e as conclusões obtidas. Deve conter em média de 100 a 150 palavras. O Abstract é a apresentação do Resumo na segunda língua. Dê preferência ao Inglês e só não o faça quando a área da pesquisa seja mais voltada para outra língua específica. Cuidado com os tradutores automáticos da internet, pois eles muitas vezes misturam artigos, traduzem ao pé da letra expressões idiomáticas, trocam pronomes e apresentam (muitas vezes) apenas uma tradução para palavras com muitas possibilidades.

Apresentação das Palavras-chave. São as palavras que caracterizam o seu artigo e facilitarão a busca caso seu trabalho seja colocado na rede (internet).
(continua)
(1) Frank Viana Carvalho é professor de Metodologia da Pesquisa Científica no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - SR.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Como escrever um Artigo Científico - Parte 2

Como escrever um artigo científico - Parte 2

Dr. Frank Viana Carvalho (1)


(Continuação)

Divisão do Trabalho


Opte pelo esquema clássico: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.

A introdução é uma apresentação inicial contendo uma visão geral do conteúdo da sua pesquisa ou do seu artigo científico sem entrar em especificidades. Poucos parágrafos são suficientes. Caso deseje ser mais técnico, coloque os objetivos, as hipóteses e a justificativa dessa abordagem. Na justificativa deixe claro como seu trabalho contribui para aumentar o conhecimento naquela determinada área da ciência, ou se ele apresenta novas estratégias para resolver um problema. Você pode expressar aqui na Introdução seus agradecimentos aos que colaboraram em seu projeto (ou pode deixar para o final, na parte da Conclusão).

Desenvolvimento

A partir das hipóteses, defina os tópicos e o problema estudado. Apresente também as estratégias do trabalho ou da pesquisa citando os métodos e os materiais. A partir daí, explique passo a passo como a pesquisa foi desenvolvida (casos práticos) ou como o assunto se apresenta e se desenvolve (teorias). Seja claro e na medida em que escreve, releia tentando se colocar na perspectiva de seus leitores. Se o assunto for longo, divida-o em partes compreensíveis.

Ao mencionar outros autores ou pesquisadores, cite corretamente as fontes de pesquisa – isso reforça a sua própria pesquisa. Em caso de dados concretos e fatos objetivos, utilize gráficos, tabelas, diagramas e listas. Estes devem ser claros, concisos, objetivos e facilmente correlacionados com os textos que os comentam.

Ainda no desenvolvimento apresente sua análise dos dados citados. Comente a partir de seu ponto de vista, confrontando-o, se necessário, com o ponto de vista dos outros autores citados. A argumentação na análise deve ser franca, direta, mas sobretudo, diplomática. Não se deve agredir outros pesquisadores que apresentaram conclusões diferentes ou antagônicas.

Na Conclusão

Relembre brevemente os pontos altos de seu trabalho e suas conclusões. Seja conciso e breve, mas não passe por alto conclusões importantes. Apresente as aplicações de seu estudo ou trabalho ou as contribuições que ele pode trazer à comunidade (científica, acadêmica ou público em geral) ou à sociedade. Caso seja possível apresente este trabalho como ponte para outras futuras pesquisas correlacionadas.

Referências Bibliográficas

Em geral, o ideal é seguir a formatação padrão ABNT a) livros: sobrenome, nome, título da obra, subtítulo, edição, cidade, editora, ano, página; b) revistas: sobrenome, nome, título do artigo, nome da Revista, número da edição, ano da edição/publicação, cidade, editora, ano, página; c) Internet: sobrenome, nome, título da obra ou nome do artigo, url (endereço na internet), data do acesso. Contudo lembre-se que muitas Revistas Científicas têm seu próprio padrão de formatação das referências de pesquisa.

(1) Frank Viana Carvalho é professor de Metodologia da Pesquisa Científica no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - SR.
Fonte da Imagem: garotaclorofila.blogspot.com

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pico dos Marins

No dia 11 de setembro (fatídica data) acordamos cedo e desmontamos a barraca. Passamos a noite no acampamento base do Pico de montanha mais alto do estado de São Paulo - o Pico dos Marins (2421 mts) em Piquete - SP, próximo à divisa com Minas Gerais.
Rodrigo, Diego e LeRoy me acompanharam na subida.

LeRoy sinaliza no topo (névoa e frio intenso)

Na descida as nuvens se dissiparam
Escalando o Paredão de Acesso ao Topo

Rodrigo e LeRoy passam por uma das Fendas

Após três horas de caminhada chegamos ao topo e fomos presenteados com ventos fortes, névoa e muito, muito frio.

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