terça-feira, 26 de maio de 2009

Incrível


Hoje quero falar um pouco sobre um gigante.

Pequenino, mas gigante.


Sobre ele há várias histórias, tão nobre, inteligente e de um senso ético e moral acima de qualquer contestação.


Quando ele passou pelas grandes portas do salão de Haia (por ocasião da Convenção), para fazer um discurso marcante, um homem junto à porta questionou:

"Porque uma porta tão grande para um homem tão pequeno?"
No entanto, ao final do discurso de Rui Barbosa, o mesmo homem questionou: “Porque um porta tão pequena para um homem tão grande?"

Se é lenda, se é verdade, uma coisa é certa - correspondia à medida do caráter do homem em questão.


É dele uma declaração que nos parece muito atual:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

Senado Federal. Rio de Janeiro, DF
Obras Completas de Rui Barbosa.
V. 41, t. 3, 1914. p. 86

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Uma Pedra


Parece que estou encontrando tantas pedras no meio do caminho que chego a me lembrar do poema do moço lá de Itabira.


No meio do caminho


No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra.


Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra.


Carlos Drummond de Andrade



O engraçado é que, quando este poema foi publicado pela primeira vez, um crítico literário (após a leitura) fez o seguinte comentário: "... dá vontade de pegar a pedra e quebrar a cabeça deste infeliz..."
É claro que o crítico não conseguiu captar a essência do pensamento de Drummond.
Será que no caminho de todos tem uma pedra? Ou várias?




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